Seminário organizado pelo Centro de Preservação Cultural da USP debate a questão do reconhecimento dos bens culturais Na próxima semana, nos dias 26, 27 e 28 de maio, o Centro de Preservação Cultural (CPC) da USP, instalado na Casa...
Viver em grandes cidades, as chamadas megalópoles, pode parecer vantajoso para muitos: há diversas atrações culturais, as ofertas de lazer, consumo e de entretenimento gastronômico são as mais variadas e, sim, pode-se até se orgulhar em dizer que vive em uma das maiores cidades do País. Muito bem. Mas, e daí? Viver em uma grande cidade como São Paulo, por exemplo – na verdade uma das maiores do mundo –, custa caro, em todos os aspectos. E a megalópole não demora a apresentar sua conta. São poucas as áreas verdes – e para se chegar nelas, como no caso do Ibirapuera, o trânsito caótico angustia –, as opções de lazer são muitas, sim, mas são caras, muitas vezes proibitivas para a maioria da população. Fazer o que, então? Possíveis soluções são apresentadas na matéria principal desta edição da Espaço Aberto. Ouvimos especialistas nas áreas de arquitetura e urbanismo, medicina e saúde pública, entre outros, para ajudarem a mapear os problemas das grandes cidades e apontar saídas – principalmente quanto a qualidade de vida. Uma das propostas, que não podemos tomar como quimera, e sim levar bem a sério, é do pesquisador Juan Carlos Aneiros Fernandez, secretário-executivo do Cepedoc. “A saúde inclui qualidade de vida e projetos de felicidade. As pessoas não precisam ter o mesmo padrão de vida para se dizerem saudáveis; há subjetividades importantes”, afirma ele. Ou seja: podemos ser felizes, sim, nas grandes cidades. Mas antes de qualquer coisa, esta felicidade deve ser o projeto de vida. E não importa quão tumultuada, caótica e cara seja a cidade onde você mora.