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A universidade oferece diferentes graduações ambientalistas em Piracicaba, São Carlos e São Paulo
Por Amanda Previdelli
Quem se interessa por meio ambiente, área que contém as carreiras mais promissoras até 2020, pode encontrar opções dentro da Universidade de São Paulo. A USP oferece graduações que ajudam a formar um gerente de Eco-relações. No campus de Piracicaba, por exemplo, o vestibulando pode optar por Engenharia Agronômica, Engenharia Florestal e Gestão Ambiental. Em São Carlos, assim como na Escola Politécnica, há o curso de Engenharia Ambiental. A USP Leste oferece as opções de Gestão Ambiental e Ciências da Natureza.
Apesar de ligadas ao meio ambiente, cada uma dessas graduações possui diferenças. O curso de Engenharia Florestal, da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), segundo seu coordenador Fernando Seixas, “é bastante relacionado com natureza e preservação”. Seixas também explica que o engenheiro florestal tem de estar disposto a trabalhar em contato direto com o ecossistema florestal, “o que significa estar muito além dos centros urbanos mais desenvolvidos”, explica.
As principais áreas em que o profissional poderá atuar são na expansão dos plantios florestais, na implantação de projetos de manejo florestal sustentável e na recuperação de áreas degradadas. O curso não é dos mais procurados na USP, sendo que sua concorrência média fica entre 7 e 10 candidatos por vaga, segundo o coordenador. “A Universidade precisava nos dar um apoio profissional de divulgação para que mais jovens conhecessem e se interessassem pela carreira”, conclui Seixas.
Outra carreira ligada ao meio ambiente é a Gestão Ambiental, curso que existe na EACH (Escola de Artes, Ciências e Humanidades), além de na Esalq. De acordo com o coordenador do curso em Piracicaba, Demóstenes Ferreira da Silva Filho, a graduação visa a formar “não um especialista técnico, mas um profissional que estabelece políticas públicas e coordena grupos para resolver questões ambientais”. O professor explica que ambos os cursos da USP possuem uma agenda conjunta, mas o curso da Esalq é “mais administrativo, enquanto o da EACH é mais voltado ao saneamento”. Demóstenes Ferreira explica que “é esperado do gestor ambiental que ele trabalhe na gerência, tome decisões visando à sustentabilidade e faça políticas públicas para diminuir o impacto do homem”.
Na Escola Politécnica da USP, o único curso especializado em meio ambiente é o curso de Engenharia Ambiental. Segundo o professor do Departamento de Hidráulica e Sanitária, José Carlos Mierzwa, a habilitação foi criada em 2004. O aluno que quiser seguir essa área presta vestibular para a grande área de Civil, cursa os dois anos do ciclo básico e, ao final desse período, concorre pelas 50 vagas de Ambiental.
Mierzwa explica que o primeiro curso voltado a essa área da Engenharia foi criado em 1994, por conta de eventos ambientalistas anteriores que constataram que o nosso modelo atual de gestão era insustentável. Desse modo, foram criadas graduações para formar um profissional capaz de buscar o desenvolvimento econômico e a preservação do meio ambiente. “O engenheiro ambiental resolve problemas sem criar outros, ele lucra ao mesmo tempo e por causa do seu cuidado com o meio ambiente”, conta o professor.
Segundo Mierzwa, a principal diferença do engenheiro ambiental é que, diferentemente do florestal, ele não se limita apenas às áreas de floresta, podendo atuar em diferentes setores da sociedade. Em relação ao gestor, o engenheiro possui a parte tecnológica: “Ee pode avaliar e propor soluções tecnológicas para problemas ambientais”, explica. As principais colocações no mercado para esse profissional estão em órgãos ambientais, áreas estratégicas do governo e empresas privadas, além de áreas já mais antigas como tratamento, aterros e remediação.
Cada vez mais, grandes empresas, tanto públicas quanto privadas, abrem concursos específicos para os profissionais do meio ambiente. Os engenheiros ambientais e florestais, além dos gestores ambientais, encontram larga inserção em indústrias, áreas governamentais, consultoria e até mesmo grandes empresas privadas que possuem preocupação com o meio ambiente. Para aqueles que buscam ser os gerentes de Eco-relações do futuro, com especialização em tecnologia, florestas ou gestão, a USP traz diferentes cursos em seus campi.
Veja mais sobre a pesquisa da FEA que indicou as profissões ligadas ao meio ambiente como as principais carreiras do futuro.
e a Biologia nao é ligada ao meio ambiente?!