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Fúlvio Stefanini e Rodrigo Lombardi protagonizam A Grande Volta, texto do belga Serge Kribus; O musical Nara retrata a trajetória da musa da bossa nova
São três peças, duas adaptações de grandes autores e um musical que narra a trajetória da musa da bossa nova, Nara Leão. O Grande Inquisidor, uma versão de Rubens Rusche para o romance Os Irmãos Karamazov, de Fiodor Dostoiévski, é ambientado em uma pequena cela na Sevilha do século 16, auge da Inquisição espanhola, onde um homem (Mauro Sanches), que é visto fazendo milagres e seguido pela multidão, é preso, torturado e condenado à fogueira pelo Grande Inquisidor, um cardeal da Igreja, papel de Celso Frateschi, que está comemorando 40 anos de carreira. Durante o interrogatório, o cardeal faz surpreendentes revelações, que também supõe ser o Cristo e, entre outras coisas, explica por que sua vinda é considerada um estorvo à missão da Igreja. A direção também é de Rusche, cenário e figurinos de Sylvia Moreira e iluminação de Wagner Freire.
Baseada na peça Le Grand Retour de Boris S., do belga Serge Kribus, A Grande Volta, que foi traduzida e começou a ser preparada por Paulo Autran, agora é retomada por Marco Ricca, que dirige a montagem com Fúlvio Stefanini e Rodrigo Lombardi, interpretando pai e filho. A comédia dramática mostra um momento de crise para o publicitário Henrique (Lombardi), que acaba de perder o emprego e a mulher que levou o filho pequeno, e ainda o pai, Boris (Stefanini), sem aviso prévio mudou-se para sua casa. Boris, um ator velho e ultrapassado, há muito tempo fora dos palcos, acaba de ser chamado para viver o Rei Lear, de Shakespeare. Com tom irônico e por vezes rude, a peça explora a relação entre pai e filho, falando de amor, comprometimento, medo, solidão, sonhos e de um belo encontro.
Reverenciando a musa da bossa nova, Nara Leão, a peça retrata sua carreira de mais de 25 anos através de uma seleção musical, que relembra canções imortalizadas em sua voz, como Diz que Fui por Aí (Zé Kéti e H. Rocha), Insensatez (Jobim e Vinícius) e Com Açúcar, Com Afeto (Chico Buarque). A montagem Nara é dividida em momentos que pontuam suas fases mais representativas, com textos sobre ela e depoimentos concedidos por ela à imprensa, costurando de forma sutil o caminho que a cantora percorreu na história da música popular brasileira. Desvenda suas facetas de mulher, seu envolvimento com a política e suas posições artísticas, mostrando como se tornou a musa da bossa nova, ao mesmo tempo que se abre para o Tropicalismo, grava sambas do morro e até versões de clássicos americanos. Tímida e reservada, Nara Leão era uma pessoa simples e pouco vaidosa, mas que surpreendeu a todos revelando-se uma cantora corajosa, ousada e intuitiva. Com Fernanda Couto, que é acompanhada por três músicos-cantores-atores. Direção de Márcio Araújo e direção musical de Pedro Paulo Bogossian.
Teatro Ágora (O Grande Inquisidor)
R. Rui Barbosa, 672, Bela Vista
T. (11) 3284-0290
H. sextas e sábados, às 21h30, e domingos, às 20h
Ingressos: R$ 30,00
Até 27 de junho
Teatro Faap (A Grande Volta)
R. Alagoas, 903, Higienópolis
T. (11) 3662-7233
H. sextas, às 21h30, sábados, às 21h, e domingos, às 18h
Ingressos: R$ 70,00
Até 15 de agosto
Teatro Augusta (Nara)
R. Augusta, 943
T. (11) 3151-4141
H. quartas e quintas, às 21h
Ingressos: R$ 30,00
Até 24 de junho