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O Certo do Errado

Os erros mais comuns da língua portuguesa na mostra “Menos: O Certo do Errado, o Errado do Certo”

Os erros linguísticos mais comuns podem ser vistos na exposição “Menos: O Certo do Errado, o Errado do Certo”, em que o próprio título já é uma provocação: mesmo sabendo que menos é um advérbio, portanto invariável, se ouve muito a “concordância” com o gênero feminino. Segundo os curadores Ataliba de Castilho e Eduardo Calbucci, menos está na fronteira entre tudo o que pode e o que não pode. A mostra ocupa os 450 metros quadrados do Museu da Língua Portuguesa, com sete instalações. A primeira, Portas Abertas, começa na Estação da Luz, antes mesmo do visitante passar pela bilheteria do museu, onde estão 30 banners grafados com frases diversas e cheias de erros ortográficos, registrados no português popularmente falado no Brasil. Óculos apresenta um jogo de espelhos que mais parece uma grande bagunça, com jogos óticos, mecanismos de movimento e outros truques que capturam o olhar, provocando uma espécie de vertigem, com o objetivo de abrir a mente para o que virá a seguir. Em um grande painel (3 m x 12 m) foram grafados os 100 Erros Nossos de Cada Dia, título do terceiro módulo, que traz uma divertida seleção de erros lexicais, semânticos, gramaticais e discursivos. Jogo do Certo e do Errado, instalação com nove telas de computador touch screen ligadas em rede, com um quiz de 15 perguntas, com situações em que algo parece estar certo (mas não está) e outras palavras e expressões que se tem certeza de que estão erradas (e não estão). Biblioteca de Babel encerra uma desordem intencional ao retratar a língua como de fato ela é, onde escritores e compositores se manifestam sobre a língua e sobre a vida, apresentando posições inesperadas e criativas que desarranjam a visão tradicional da língua portuguesa. No vídeo Norma, a Camaleoa, a atriz Alessandra Colassanti encena quatro normas da língua portuguesa, apresentando-as e discutindo-as. E, por fim, Janelas Abertas, um corredor estreito traz à tona índices de uma rua de comércio popular e do linguajar praticado nas ruas.

Obra de Ana Holck, do projeto de curadoria de Felipe Scovino, dentro da Temporada do Paço das Artes

Temporada de Projetos – A primeira das três exposições do ano da Temporada de Projetos do Paço das Artes abre com individuais dos artistas Geraldo Zamproni, Nino Cais e Rick Castro, além do projeto de curadoria proposto por Felipe Scovino. Zamproni apresenta Sustentabilidade, com uma série de elementos estruturais arquitetônicos (blocos) interligados por um zíper, acessório que estimula a alteração da composição. Rick Castro comparece com Portal 3V P1, instalação visual em duas paredes adjacentes: de um lado, uma pintura geométrica, e de outro a projeção de um vídeo que se inicia com imagem igual à da pintura e vai realizando movimentos que a transformam, complementada com uma composição de estilhaços de vidro dispostos no piso, exatamente no espaço delimitado pelas paredes, em uma experiência sensorial. Nino Cais traz a série de colagens Sem Título, com pessoas retratadas em meio a objetos e animais, sempre em uma relação pouco usual. E, por fim, a exposição “O Lugar da Linha”, com curadoria de Felipe Scovino, propõe uma reflexão sobre as diferentes possibilidades de materiais e poéticas da linha, resgatando o rigor formal aliado à organicidade do material, à leveza visual e à fragilidade estrutural – os artistas selecionados são Luiza Baldan, Gisele Camargo, Bianca Tomaselli, Ana Holck e Maria Laet.

Museu da Língua Portuguesa
Praça da Luz, s/nº, Centro
T. (11) 3326-0775
H. de terça a domingo, inclusive feriados, das 10h às 18h
Ingressos: R$ 6,00; grátis aos sábados
Até 30 de junho

Paço das Artes
Av. da Universidade, 1, Cidade Universitária
T. (11) 3814-4832
H. de terça a sexta, das 11h30 às 19h, e sábados, domingos e feriados, das 12h30 às 17h30
Ingressos: Grátis
Até 27 de junho

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