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Marketing para criança

I Conferência Internacional de Marketing Infantil propõe reconstrução de conceitos

Por Márcia Scapaticio

De 4 a 6 de novembro, especialistas em educação infantil, representantes das empresas Estrela Brasil e Mattel, autoridades governamentais, profissionais de marketing e autores infantis, como Carolina Viana, diretora do canal Nickelodion, e Maurício de Souza, criador da Turma da Mônica, entre outros, reuniram-se para discutir a propaganda realizada para crianças e jovens.

Na abertura, um telão exibiu a mensagem de uma menina que dizia: “Me dê carinho, mas também me oriente. Peço-te bons exemplos e boas palavras”. Essa frase mostra a responsabilidade da sociedade na formação do indivíduo e, por isso, proporcionar o entendimento sobre a criança e seu desejo de consumo, impulsionado pela propaganda, é importante e precisa quebrar certos mitos, que podem colocar o marketing como o vilão da história.

De acordo com Simone Manara, coordenadora do evento, a conferência foi organizada devido às propostas que estão surgindo com o objetivo de alterar a legislação brasileira, para regulamentar ou limitar o impacto da propaganda no cotidiano de crianças e adolescentes.

O princípio norteador deste encontro foi a busca pela transparência através do diálogo. “Tínhamos que sentar e conversar, estudar qual o modelo adequado à sociedade brasileira e estabelecer resoluções sobre o assunto”, esclarece Simone.

Simone Manara, coordenadora do evento

Simone Manara, coordenadora do evento

Um dos objetivos finais da conferência é formar um núcleo de marketing responsável, possibilitando a empresa realizar o seu trabalho mediante a avaliação do grupo. “Por exemplo, se a empresa quer falar com a criança, ela vai passar por esse núcleo de avaliação, que irá auxiliar na concepção de estratégias éticas para valorizar a comunicação entre os consumidores infantis e os vendedores dos produtos, sejam indústrias de brinquedos ou artigos didáticos.”

O consumo é parte do cotidiano de uma sociedade capitalista, como a brasileira. De acordo com Simone, “a responsabilidade da família, da escola e do Estado não podem ser deixadas de lado e o ato de consumir tem que ser orientado por essas três vertentes”.
As ideias discutidas procuram atingir o mercado nacional e não só o Estado de São Paulo. O projeto é fortalecer esse debate no ano de 2010. “Minha ideia é premiar, dentro desse núcleo, a empresa que melhor desenvolveu o seu trabalho e firmar diretrizes para a condução do marketing infantil no País”, enfatiza Simone.

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