Seminário organizado pelo Centro de Preservação Cultural da USP debate a questão do reconhecimento dos bens culturais Na próxima semana, nos dias 26, 27 e 28 de maio, o Centro de Preservação Cultural (CPC) da USP, instalado na Casa...
Claudia Costa
Depois do grande sucesso, de crítica e público (mais de 20 mil espectadores), no Rio de Janeiro, chega a São Paulo para uma curta temporada o espetáculo Rock’n’Roll, que não é um musical, apesar da música ser um fio condutor na história sobre a desestruturação do comunismo no Leste Europeu. O texto é assinado por Tom Stoppard, um dos maiores dramaturgos vivos que ganha sua primeira montagem no Brasil. Encenada em Londres, seguiu com sua produção original para Nova York e foi indicada a quatro prêmios Olivier em 2007 e quatro Tony em 2008.
Concebida pelo próprio autor, a trilha desfila clássicos de Rolling Stones, Velvet Underground, Beatles, John Lennon, Bob Dylan, The Doors, Pink Floyd, U2, além da banda The Plastic People of the Universe. A história se passa entre os anos de 1968 e 1990, sob dupla perspectiva: em Praga, na República Checa, onde uma banda de rock (a The Plastic People of the Universe) aparece para simbolizar a resistência ao regime autoritário comunista; e em Cambridge, na Inglaterra, onde questões do amor e da morte definem as vidas de três gerações da família de um filósofo marxista (interpretado por Otávio Augusto, que foi indicado a melhor ator pelo Prêmio Shell).
Também, após uma bem-sucedida temporada carioca, estreia neste mês em São Paulo A Música Segunda, de Marguerite Duras. A intensidade das emoções, a imunidade à indiferença e a sofisticada qualidade literária comparecem na obra da autora, que estreou na França em 1995. Em cena, um casal se reencontra após três anos de separação, no hall de um hotel em uma cidade provinciana da França. Durante o casamento, viveram uma paixão fulminante, perigosa, destrutiva e doentia, e se separaram, não por falta de amor, mas por excesso.
Permeado por rubricas minuciosas, aos atores e à direção, o texto sugere um subtexto preciso e detalhista. Por isso, também no palco, um casal de bailarinos revela – simultaneamente num jogo de espelhos – as intenções mascaradas pela civilidade das personagens. Em alguns momentos, atores e bailarinos agem concomitantemente. Para acentuar o embate, o cenário, assinado por Jean-Pierre Tortil, remete a uma espécie de ringue ou gaiola transparente, reforçando a ideia de prisão da memória. A direção é de José Possi Neto e no elenco estão Helena Ranaldi e Leonardo Medeiros.
Sesc Pinheiros (Rock’n’Roll)
R. Paes Leme, 195
T. (11) 3095-9400
H. sextas e sábados, às 21h, e domingos, às 18h, até 18 de outubro Ingressos: R$ 20,00, com meia-entrada.
Teatro Vivo (A Música Segunda)
Av. Dr. Chucri Zaidan, 860, Morumbi
T. (11) 7420-1520
H. estreia na quinta, 8 de outubro (para convidados), sextas, às 21h30, sábados, às 21h, e domingos, às 19h, até 13 de dezembro
Ingressos: R$ 40,00 (sextas e domingos) e R$ 50,00 (sábados)
seg, 29 de junho
dom, 28 de junho
dom, 28 de junho
sáb, 27 de junho
sáb, 27 de junho
sex, 26 de junho
sex, 26 de junho
ter, 2 de junho