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Doação de sangue: um gesto solidário

Jovem doa sangue no hemocentro do HC

Jovem doa sangue no hemocentro do HC

Por Guilherme Celestino

A doação de sangue já é tradição no trote solidário, entretanto os hemocentros estão sempre abertos para acolher os voluntários

Campanhas de doação de sangue há muito tempo já estão estabelecidas na sociedade. Nas ultimas décadas, doar sangue se transformou, para muitos, em algo corriqueiro, mas sem deixar de ser um ato de cidadania. A Fundação Pró-Sangue, instituição sem fins lucrativos ligada à Secretaria de Estado da Saúde e à Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, FM-USP, realiza campanhas para criar o hábito da doação dentro da sociedade. Segundo Doris Lavorat, diretora da divisão de comunicação corporativa da Pró-Sangue, no Brasil metade das doações é feita para ajudar um próximo necessitado e não voluntarias. “A fundação procura conscientizar o doador que a doação é feita para ajudar a salvar uma vida, não importa quem for” diz Doris.

As bolsas de sangue são cadastradas no sistema

As bolsas de sangue são cadastradas no sistema

Em São Paulo, o número de doações voluntárias chega a 85% segundo dados da Pró-Sangue. O perfil do doador é variado: em 2008, 28% doaram pela primeira vez, enquanto 42% repetiram a doação e 29% são doadores esporádicos. As campanhas são realizadas em parceria com várias agências de publicidade voluntárias ou, quando menores, criadas internamente. Além dos tradicionais cartazes e comerciais televisivos, elas também podem ser feitas através de e-mail, mala direta e até torpedo, para doadores já cadastrados na Pró-Sangue.
Na Universidade, a doação de sangue já faz parte das atividades, como, por exemplo, o trote solidário. Algumas unidades como a Faculdade de Medicina (FM-USP), seguindo o exemplo de outras universidades que já institucionalizaram o trote solidário, já têm integrado, desde a última década, a doação entre as suas atividades da Semana dos Calouros. “Esse ano ainda não sabemos como vai ser, mas tradicionalmente tem uma gincana onde além do pedágio e brincadeiras, levamos os calouros para doar sangue”, explica Erick Yoshio, estudante da comissão responsável pela organização da Semana de Recepção aos Calouros da FM-USP.

Uma bolsa de pode salvar quatro vidas

Uma bolsa de pode salvar quatro vidas

Além do trote solidário, outras unidades já instituíram em seus calendários campanhas de doação de sangue que atingem grande parte dos estudantes. Na Poli essas campanhas acontecem regularmente e contam com a doação de sangue de cerca de 600 voluntários. “O banco de sangue (Pró-Sangue) envia duas ambulâncias com enfermeiros e nós nos ocupamos da organização da palestra, lanche e divulgação”, explica Caio Gaia, presidente do Grêmio da Poli. Entretanto a Pró-Sangue estuda acabar com os deslocamentos para não condicionar as doações apenas quando há campanhas externas.
O interesse das campanhas da Pró-Sangue é atingir um público mais jovem. “Elas (as campanhas) visam ao público jovem, pois ele tem a característica de ser mais engajado. A partir do envolvimento o jovem torna-se um doador para sempre, tendo um maior tempo de vida de doação”, diz Doris. Apesar do senso comum, o jovem não integra grupo de risco, pois tem uma saúde melhor do que aos mais velhos e não toma certos medicamentos, recorrentes nas faixas etárias mais elevadas, que podem impedir a doação. Os jovens de 18 a 29 anos representam 35% dos doadores, sendo a faixa de 30 a 39 anos a segunda colocada, com 28%.

Jovens são o público alvo das campanhas

Jovens são o público alvo das campanhas

Só no Estado de São Paulo existem oito hemocentros oficiais ligados à Secretaria de Saúde, sendo que a Pró-Sangue é responsável por 24% do sangue coletado. Ela possui postos de coletas em quatro hospitais na Grande São Paulo, sendo três na capital e um em Osasco. Doris explica que o sangue, depois de processado, é conservado em bancos de sangue e redistribuído a 128 hospitais da Região Metropolitana de São Paulo: “Alguns componentes podem ser congelados após o processamento, uma bolsa de sangue é dividida em quatro partes. A gente costuma dizer que quem doa sangue salva até quatro vidas, pois cada pessoa toma um componente da bolsa de sangue”.

Para mais informações sobre onde doar na Universidade de São Paulo acompanhe a Revista Espaço Aberto: www.usp.br/espacoaberto

Um comentário sobre “Doação de sangue: um gesto solidário”

  1. Rudimar Menegotto da disse:

    Meus caros!!!

    Parabéns, está excelente!

    Seria interessante talvez que os futuros textos fossem mais compactos.

    Abraços Menegotto

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