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Ministério da Saúde amplia faixa etária para o vírus da Hepatite B

Ministério da Saúde amplia faixa etária para vacinação da Hepatite B

Marcia Scapaticio

A transmissão dos vários tipos de Hepatite,   ganhou a atenção do Ministério da Saúde, que ampliou a faixa etária para a vacinação contra o vírus do tipo B. A partir de 2011 a imunização passará a englobar jovens e adultos de 20 a 24, anos e a faixa de 25 a 29 anos a partir do ano de 2012. Atualmente, a vacinação se estende apenas na faixa etária de 0 a 19 anos e, fora desse grupo, a vacina está disponível apenas em clínicas particulares.

Para coroar essa iniciativa, também foi instituído o dia 28 de julho como do Dia Mundial do Combate a Hepatites Virais, em Brasília. Além da vacinação, será intensificada a oferta de triagem sorológica às gestantes que fazem o pré-natal no Sistema Único de Saúde (SUS).

Considerando sua experiência na área da saúde, a pesquisadora do Nepaids, Regina Figueiredo diz que a letalidade tardia da doença, no caso da Hepatite C, pode explicar a relativa falta de interesse das pessoas em relação ao seu diagnóstico “Poucos têm conhecimento da transmissão sexual do vírus e o fato de haver a adaptação do ser humano à doença, que se manifesta muito tempo depois de sua infecção, também influi”.

Regina analisa aspectos comportamentais na transmissão da Hepatite C

Dados do Ministério da Saúde confirmam essa suspeita, pois de 1999 a 2009 a Hepatite C atingiu 60.908 pessoas. A maioria dos casos é descoberto acima dos 30 anos, por isso os especialistas recomendam o diagnóstico precoce, tendo em vista que 70% das Hepatites C se tornam crônicas.

No aspecto comportamental, que diz respeito ao número de parceiros, Regina confirma o impacto da diferença da educação masculina e feminina: “São as questões culturais que levam aos fatores de risco. Os relacionamentos, sejam namoros ou casamentos, são mais curtos e a troca de parceiros, principalmente no ambiente jovem, é mais frequente”. Além do afeto, que passa a ser menos relevante para os homens. “Na cultura masculina observamos que quanto mais melhor, independente da qualidade; já as mulheres costumam agir de modo mais ponderado nessa questão,” completa.

De acordo com a pesquisadora da área da saúde, é fundamental  que as pessoas sejam informadas sobre o modo de contágio do vírus. “A Hepatite B é sexualmente transmissível, na Hepatite C a transmissão é sanguínea e, em alguns casos, é sexualmente transmissível. “Dessa forma, vale a pena pensar em campanhas nacionais, como aconteceu em relação ao HIV,” sugere.

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