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Uma leitura de Evita

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A superprodução conta a trajetória fascinante da primeira-dama argentina Evita Perón

De origem humilde, Eva batalhou na carreira de atriz, viveu uma história de amor com Juan Perón, até tornar-se líder política da Argentina, morrendo aos 33 anos o que lhe rendeu o status de mito. Estrelado por Paula Capovilla (no papel-título), Daniel Boaventura (Juan Perón) e Fred Silveira (como Che Guevara), o musical Evita conta com 45 atores e cantores, orquestra de 20 músicos sob a regência e direção musical de Vânia Pajares, além de 350 figurinos assinados por Fábio Namatame, inspirados nos trajes que ela comprava na Maison Dior em Paris.

Concebido por Jorge Takla (que também assina os cenários ao lado de Paulo Corrêa), o espetáculo é “uma leitura simplesmente humana”. Ele aponta similaridades entre Evita e o narrador, baseado em outro mito, Che Guevara – “ambos morreram muito jovens levando junto os sonhos e esperanças de populações oprimidas e sofridas”.

Evita começa em 1973, quando Tim Rice ouve em seu carro trechos de um programa de rádio sobre Eva Perón, e com Andrew Lloyd Webber dá início a um grande projeto, criando músicas e letras para um espetáculo totalmente cantado, uma ópera rock. Mas primeiro sai um álbum duplo com todas as canções, lançado em novembro de 1976, que logo se transforma em sucesso mundial, e a faixa Don´t Cray For Me Argentina (interpretada por Julie Covington) alcança o primeiro lugar nas paradas em dezenas de países. Só em junho de 1978 estreia a montagem original de Evita, em Londres, com vendas antecipadas de ingressos e casa lotada.

Evita é uma das obras do teatro musical mais vistas, recebendo diversos prêmios. No cinema, dirigido por Alan Parker, traz Madonna no papel-título e Antonio Banderas como Che, e recebeu Oscar de Melhor Canção para You Must Love Me, composta especialmente para o filme.

O espetáculo – começa em Buenos Aires, em 26 de julho de 1952, onde um filme é interrompido com a notícia de que Eva Perón, “chefe espiritual da nação”, está morta, aos 33 anos. Diante da comoção e do tom crítico do narrador, o Che, fica evidente o impacto da perda de Evita na vida do povo argentino. Sua história é contada e comentada por Che, em flashbacks, a partir de sua infância, na pequena Junín, onde nasceu em 1919, de onde sai em busca de uma carreira artística em Buenos Aires. Lá conhece o coronel Juan Perón, braço forte do governo militar, e se torna peça importante em sua ascensão – o povo argentino se identifica com Eva e confia no governo dele. Até que Eva adoece, devido ao câncer, ao mesmo tempo que o governo de Perón entra em crise, mas ainda assim consegue reelegê-lo, e pouco tempo depois morre, nascendo o mito Evita.

Evita faz temporada até 31 de julho, quintas, às 21h, sextas, às 21h30, sábados, às 17h e 21h, e domingos, às 16h e 20h, no Teatro Alfa (r. Bento Branco de Andrade Filho, 722, tel. 5693-4000). Os ingressos custam de R$ 40,00 a R$ 185,00. Mais informações pelo site www.evitamusical.com.br.

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