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Por A Universidade investiu num projeto pioneiro de transferência de conhecimento e para isso cedeu uma área para instalação do Supera Centro de Tecnologia
Serviço de Comunicação da PUSP-RP – com informações da
Assessoria de Imprensa do Supera Parque
Entre os grandes desafios da Universidade de São Paulo (USP) está a transferência do conhecimento gerado em seus laboratórios de pesquisas para a sociedade. Uma transferência que contribua para um setor produtivo mais eficiente e competitivo, alavancando o desenvolvimento do País.
Para facilitar esse processo, a Universidade investiu num projeto pioneiro. Ceder espaço no campus de Ribeirão Preto para a construção de um parque tecnológico, batizado de Supera Parque de Inovação e Tecnologia. Uma área com mais de 300 mil metros quadrados, inaugurado há pouco mais de um mês, e que já conta com 32 empresas incubadas, na Supera Incubadora de Empresas de Base Tecnológica, um Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT) e o Supera Centro de Tecnologia.
A atuação do Supera Parque está voltada para os setores prioritários do complexo industrial da saúde, tecnologia da informação, agronegócio e química fina, mas não exclui outros setores, desde que a empresa siga o tripé da sustentabilidade ─ ser de base tecnológica, inovadora e desenvolver parcerias com a Universidade.
Na incubadora, as empresas recebem, além da infraestrutura para pré-residência e residência, consultorias gerenciais, capacitação, rede de contatos, além de facilitar a participação das empresas em eventos nacionais e internacionais. Entre as 32 empresas incubadas na Supera, a maioria é formada por grupos de alunos ou ex-alunos da USP. Nela, a possibilidade de que os empreendedores firmem parcerias entre si ou com empresas de grande porte garante a empregabilidade de pesquisadores que são financiados, principalmente, por meio de bolsas de fomento à pesquisa.
Já o Centro de Tecnologia realiza testes e ensaios para o desenvolvimento de novos produtos, ou seja, abriga laboratórios para testes e pré-testes de equipamentos médicos, hospitalares e odontológicos. Num futuro próximo serão colocados em operação o laboratório de testes de norma RHOSS para identificação de presença de metais pesados nos equipamentos e o laboratório de certificação de equipamentos de raios X de pequeno porte.
No Núcleo de Inovação Tecnológica os empreendedores recebem auxílio no registro de propriedade intelectual e suporte na elaboração de projetos para a
captação de recursos em agências de fomento. “O trabalho no núcleo acontece em parceria com a Agência USP de Inovação para a gestão das atividades do Supera Parque, principalmente naquelas que envolvam direitos de propriedade intelectual, desenvolvimento tecnológico e transferência de tecnologia”, diz Antônio Adilton Carneiro, diretor-presidente da Fipase (Fundação Instituto Polo Avançado de Saúde ) e docente do Departamento de Física Matemática da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto.
Para Eduardo Cicconi, gerente do Supera Parque, o hábitat de inovação criado pelo empreendimento contribuirá para a criação de novas empresas, além de atrair empresas inovadoras para o município, o que possibilita a atração, retenção e aumento da qualificação da mão de obra local. “No Brasil a maior parte das pesquisas é realizada nas universidades e aumentar a transferência de tecnologia por parte delas ou das empresas, aumenta o desenvolvimento tecnológico das empresas”, afirma.
A criação do Supera Parque, envolveu, além da USP e da sua Agência de Inovação, a Fundação Instituto Polo Avançado de Saúde (Fipase), que é a gestora do Supera Parque, a Prefeitura de Ribeirão Preto, a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia do governo do Estado e entidades como o Sebrae, Ciesp e Fiesp.
Evolução
Todo o empreendimento do Supera Parque de Inovação e Tecnologia é gerenciado pela Fipase, fundação pública criada em 2001, que possibilitou o desenvolvimento das bases para o projeto. Os primeiros passos foram dados com a implantação da Supera Incubadora de Empresas de Base Tecnológica. Ao final de 13 anos, o empreendimento já conta com o Centro de Tecnologia e com o Núcleo de Inovação.
Os desafios e o desenvolvimento não param. Já está sendo preparada uma área de mais de 140 mil metros quadrados para receber empresas em lotes. Esse sistema é semelhante ao loteamento de casas. O terreno tem 140 mil metros quadrados ao todo, e será dividido em áreas menores para que as empresas possam instalar suas sedes. Além disso, está prevista a construção do Núcleo Administrativo do Parque e da Aceleradora de Empresas.
A Fipase é dirigida pelo professor Antonio Adilton Carneiro, da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP), um entusiasta da transferência de conhecimento da Universidade, que afirma ser “a relação próxima do parque com a Universidade um dos segredos para que a transferência de conhecimento aconteça”. Para Flávia Prado, da Agência USP de Inovação, essa proximidade vai além, contribui para o desenvolvimento socioeconômico não só do município, mas do País.
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