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Acervo reúne imagens adocicadas para recriar a história
Por Márcia Scapaticio
A nova mostra do Museu Paulista flerta com o saudosismo. Com nome e proposta sugestivos, “Papel de Bala” reúne 206 rótulos de guloseimas, entre balas, bombons e chicletes, que estarão disponíveis à visitação do público.
O acervo em questão é parte da coleção de Egydio Colombo Filho, doada à instituição no ano de 2003. As embalagens são em sua maioria da segunda metade do século 20, abrangendo o período de 1960/90.
Ao esticar o olhar, o visitante aprende que o termo bala foi adotado no Brasil realmente por sua semelhança com o projétil das armas de fogo. A produção do doce era puramente artesanal e a industrialização total aconteceu a partir de 1940, através de máquinas importadas de outros países como Estados Unidos e Alemanha.
Dorival Pegoraro Júnior, do Museu Paulista, diz que a mostra foi organizada por seções. “Procuramos valorizar as embalagens mais antigas. O vínculo afetivo do colecionador com os objetos também transpareceu e pode ser sentido pelo visitante”, completa.
Para contextualizar a exposição e trazer um sabor especial, houve uma parceria com a empresa Terra Cycle, que tem como função criar produtos com material reciclado e embalagens já utilizadas. Bruna Gallo explica que o convite partiu do museu: “Eles queriam mostrar o fim da cadeia do consumo, pois nosso trabalho é receber o material e repassá-lo para as ONGs, que desenvolvem os produtos, como bolsas e cadernos”.
Nos corredores do museu o espectador vai encontrar as inocentes balas de abacaxi e morango, os chicletes Ping Pong e até os politicamente incorretos cigarrinhos de chocolate, que já estão fora de circulação.
O poder das imagens em recriar as nossas próprias histórias já é um bom motivo para não perder esta mostra temporária que fica em cartaz até 20 de março, sempre de terça a domingo, das 9h às 17h. Para mais informações, acesse: http://mp.usp.br.
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