Sueli Mara Soares Pinto Ferreira

SIBI trabalha em sistema para tornar aberta a produção acadêmica da USP

Por Márcia Scapaticio

O discutido retorno social que uma instituição pública de ensino deve afirmar em suas ações ganhou novos desenhos devido à disseminação das novas mídias, potencializadas pelo uso da internet por um maior número de pessoas.

Contextualizado neste cenário, o Sistema Integrado de Bibliotecas (SIBI) vem desenvolvendo o projeto USP Acesso Aberto, o que ecoa a sua adesão ao movimento mundialmente conhecido como Open Acess, fato que pretende ampliar o acesso democrático e direto ao conhecimento científico e cultural produzido na Universidade.

Nas palavras da diretora do SIBI, Sueli Mara Ferreira, “o projeto foi retomado em março com a implementação do empréstimo unificado entre as bibliotecas e as discussões sobre os procedimentos que serão estabelecidos para o acesso à base de dados que será criada”.  A professora esclarece que o site que divulga o projeto e traz informações sobre o assunto já pode ser acessado, “agora, o chamado repositório, no qual o docente disponibilizará o material a ser consultado pelos usuários ainda não foi lançado”.

Tal cuidado para construir o projeto vem da necessidade de trazer a informação para todos os interessados. “Cada vez mais os estudantes e profissionais, cada um em sua área, estão mais próximos da biblioteca.” Alguém pode até pensar que os alunos procuram com menor frequência os livros nas prateleiras de seus institutos, mas de acordo com Sueli, isso acontece, pois “cada vez mais as bibliotecas vão ao encontro de quem está a procura do conhecimento, através das novas tecnologias da Comunicação e da Informação”, completa.

Um ponto abordado por Sueli é a questão da visibilidade desse material, uma vez que a “pesquisa precisa ser vista por todos na América Latina, considerando a importância da USP no continente”, reforça.

A questão do lucro não é deixada de lado, pois é necessário conciliar a visão das editoras que comercializam as publicações em papel com as possibilidades de alcance do acesso aberto.

O importante a ser desenvolvido nesse caminho é a criação dos mecanismos de cada instituição. “No nosso caso, ouvir as vozes da Universidade e, assim, construir as diretrizes e de soluções para informar e envolver a comunidade sobre o tema”, explica.

O objetivo é que o site repositório seja concluído e lançado em outubro, mês que coincide com a comemoração dos 30 anos de atividades do SIBI.