Seminário organizado pelo Centro de Preservação Cultural da USP debate a questão do reconhecimento dos bens culturais Na próxima semana, nos dias 26, 27 e 28 de maio, o Centro de Preservação Cultural (CPC) da USP, instalado na Casa...
Por Cinderela Caldeira
Nos laboratórios de análises químicas há a necessidade da utilização de destilador de água. Para a obtenção de um litro de água com índice satisfatório de pureza, os destiladores convencionais chegam a consumir 48 litros. Isto é um impasse ambiental.
Buscando resolver um problema técnico e um ambiental, Marcos Yassuo Kamogawa, professor do Departamento de Ciências Exatas da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), coordenou o projeto Desenvolvimento de destilador de água laboratorial de baixo impacto ambiental.
Segundo Kamogawa, a partir de estudos realizados envolvendo radiação solar e ultravioleta, surgiu a ideia de utilizar o aquecimento para promover a purificação exigida pelas análises químicas, permitindo a variação necessária de temperatura para excluir substâncias poluidoras. “A principal função é produzir água de alta pureza, empregando como fonte de aquecimento a radiação solar que gera a vaporização da água sendo posteriormente condensada em um sistema resfriado a gás. O destaque do sistema é o baixo custo de produção e seu caráter ambiental correto”, diz o professor.
O equipamento, que foi montado em laboratório, é um protótipo construído de aquecedor solar doméstico, com a diferença que, no reservatório de água quente, foi inserido um anteparo de resfriamento para que se capture a água condensada e destilada para uso no laboratório de análises químicas e biológicas. De acordo com Kamogawa, todo esse processo é feito sem a utilização de energia elétrica, apenas a partir de radiação solar.
No sistema convencional, em cinco horas de trabalho são produzidos até 30 litros de água em média, enquanto o protótipo, instalado na área de química da Esalq, é capaz de destilar até 3,3 litros de água por dia. Para o professor, “o potencial de produção é baixo, mas já atende ao nosso consumo, necessitando apenas que se estoque essa água diariamente”, comenta.
O projeto continua na busca para melhorar o desempenho na produção de água e, ao mesmo tempo, utilizar o equipamento como alternativa de dessalinização e para tratamento de resíduos do próprio laboratório.