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“Tenho 25 anos de carreira na USP e vou ter mais 25”
Por Márcia Scapaticio
O poder das ideias: Marcelo Zuffo usa a tecnologia como ferramenta para transformar a realidade
Ser visionário não precisa significar necessariamente uma utopia, mas sim olhar para o cenário, refletir e concretizar suas ideias colocando-as no preto e no branco.
Esse é um dos pensamentos que podemos ter quando conhecemos a trajetória do professor da Escola Politécnica da USP, Marcelo Knörich Zuffo. Ele se define como um uspiano “puro sangue”. Nascido em São Paulo, graduou-se na USP e seguiu carreira na Universidade, até chegar ao cargo de professor titular. Filho de João Antônio Zuffo, docente aposentado da Poli, sempre conviveu no meio acadêmico e menciona que o mesmo acontece com seu filho, que o acompanha em algumas viagens e congressos. “Fui um garoto de feira de ciências e através delas me apaixonei pela área; o Laboratório de Sistemas Integráveis (LSI) hoje realiza a Febrace, uma das maiores feiras científicas do País.”
Mesmo com oportunidade de trabalhar no exterior, o professor optou por ficar no Brasil. Em seu tempo de estudante de graduação, chegou a ser diretor do Centro Acadêmico da Poli. “Essa fase foi importante, pois a consciência política de um estudante muitas vezes se constrói no ambiente universitário”, completa. Hoje entre outras atividades, é coordenador do Grupo de Computação Visual e Meios Eletrônicos Interativos do Laboratório de Sistemas Integráveis (LSI). “Sempre pensei que poderia fazer mais e melhor no Brasil do que em outros países, então resolvi voltar e montar laboratórios.
A curiosidade e vontade de transformar o conhecimento em prática são de grande importância quando vemos seus projetos, como o Laboratório de sistemas Integráveis da Poli (LSI), a realização do modelo digital de televisão brasileiro e o uso de sistemas eletrônicos na oncologia pediátrica. Este último teve muito destaque na imprensa, pois reuniu em cadastro pacientes com câncer em 1 7 estados brasileiros. Tal iniciativa organizou um banco de dados, no qual pesquisadores e médicos podem trocar informações sobre a doença.
Aspectos familiares da vida de Zuffo o influenciaram na construção desse projeto, realizado em parceria com a Faculdade de Medicina da USP. O professor passou por um momento difícil, quando a sua irmã foi diagnosticada com um linfoma grave. Durante o período de tratamento, realizado pela Medicina da USP, o médico contou a Zuffo que nos Estados Unidos havia um banco de troca de informações, em tempo real, sobre a doença. Desde então, empenhou-se na concretização desse projeto, que atualmente é gerido pela Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica e ajuda pessoas em todo o País.
Ao contar sua trajetória, o professor não deixa de mencionar que seu trabalho e sua carreira são seu modo de expressão: “Me expresso como engenheiro desenvolvendo tecnologias inovadoras, acreditando em sua aplicação na vida prática. Como professor, trabalho para desengavetar o conhecimento, que por muitas vezes fica preso à Universidade”, explica.
Não há dúvidas que Zuffo caminha lado a lado com suas palavras e o destaque de seus projetos, que tornam a tecnologia um conhecimento aplicado na sociedade,é um eficaz exemplo de sua postura. Em 2008, o professor recebeu a Medalha Mérito Tamandaré pela Marinha brasileira e, em 2009, foi condecorado com a Medalha da Vitória pelo Ministério da Defesa.
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