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Grandes mostras

A Águia e A Coruja (1952), de Chagall

A Águia e A Coruja (1952), de Chagall

Dois anos depois da exposição de séries completas de gravura de Goya, o Masp apresenta ao público a mostra “O Mundo Mágico de Marc Chagall – Gravuras”, que abriu a programação de 2010. Com curadoria de Fábio Magalhães, reúne 178 obras do artista judeu, nascido no pequeno povoado de Vitebsk, na Bielo-Rússia, em 1887. São elas: a série As Fábulas de La Fontaine (anos 20), com 23 dos cem guaches representativos das fábulas do poeta francês, encomendados pelo marchand e crítico de arte Ambroise Vollard; a série completa A Bíblia (anos 30), com 105 gravuras, fruto de uma viagem à Palestina para ver de perto o palco dos acontecimentos bíblicos; e Dafne e Cloé (anos 50), com 42 trabalhos que resultaram das viagens de Chagall à Grécia e serviram como estudos preparatórios para a transposição em litografias, também em exibição integral. Também no Masp está em cartaz a mostra “Romantismo – A Arte do Entusiasmo”, com curadoria de Teixeira Coelho, que revela o ideal romântico no pensamento ocidental desde o século 16, através de temas como Natureza, Corpo, Paixões, Paisagem Urbana e Imaginário. Segundo o curador, o Romantismo foi mais que uma transformação, uma revolução. “Revolução contra o quê?”, pergunta-se. “Contra tudo. Contra as ideias eternas e universais, contra o passado e contra o futuro.” São 79 obras-primas de 63 artistas e grandes gênios da pintura, como Bosch, El Greco, Monet, Renoir, Van Gogh, Salvador Dali, Manet, Rodin, Matisse e outros.

Romantismo, com Quatro bailarinas em cena, 1885-1890

Romantismo, com Quatro bailarinas em cena, 1885-1890

E o Paço das Artes comemora o aniversário de 456 anos de São Paulo com duas mostras. A primeira está inserida no novo projeto, intitulado Zonas de Contato, que propõe a um artista que convide outro de geração mais nova para promover um diálogo entre os trabalhos, inaugurando com Paulo Climachauska (artista-curador) que fez o convite ao jovem Rafael Carneiro. Climachauska apresenta “Rota de Seda”, conjunto de quatro pinturas e 16 desenhos realizados com contas de subtração, fazendo referência ao histórico caminho de ligação entre o Oriente e o Ocidente, incluindo as regiões do Oriente Médio atualmente marcadas pelas disputas por gás e petróleo. Os desenhos representam os locais destruídos pela guerra e confrontos dentro do percurso da Rota da Seda extraídas de jornais impressos e internet. Nas pinturas, insetos como o bicho-da-seda e libélulas representam aviões e helicópteros, pintados em padrões semelhantes à camuflagem militar. O contato estabelecido entre esses trabalhos e uma pintura de grande dimensão de Rafael Carneiro, se dá tanto pela forma expositiva quanto pela linguagem.

Rota da seda em Zonas de Contato

Rota da seda em Zonas de Contato

Ambos os artistas se apropriam de imagens anteriormente produzidas para criação de suas obras, trabalhando com a desconstrução e esvaziamento dos elementos em busca de significados que apontem em outra direção. As mostras foram organizadas em duas salas idênticas, formando dois corredores espelhados na entrada do Paço das Artes. Também está em cartaz a exposição “Urbi Et Orbi – Para a Cidade e para o Mundo” composta por 12 vídeos, brasileiros e estrangeiros, que usam a cidade para discutir a diluição de fronteiras temporais e espaciais do mundo atual.

Masp
Av. Paulista, 1.578
T. (11) 3251-5644.
H. de terça a domingo e feriados, das 11h às 18h (às quintas, das 11h às 20h)
Ingressos: R$ 15,00 (grátis às terças)
Até 28 de março (Chagall) e 8 de maio (Romantismo)

Paço das Artes
Av. da Universidade, 1, Cidade Universitária
T. (11) 3814 4832).
H. de terça a sexta, das 11h30 às 19h, e sábados, domingos e feriados, das 12h30 às 17h30
Ingressos: grátis
Até 4 de abril

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