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Uma pausa para o bem-estar

O Projeto Zen oferece a possibilidade de, por um dia, parar tudo para concentrarmo-nos em nós mesmos

Por Mariana Franco

Você já tentou parar seus pensamentos por alguns segundos? Poucos conseguem parar dessa maneira – um pensamento liga-se instantaneamente em outro, uma preocupação leva a outra e não se encontra o ponto onde passar-lhes a tesoura. E, se não temos uma atividade, um tempo reservado em nosso dia a dia para que os pensamentos parem e as preocupações cessem, acabamos constantemente sob pressão.
Passar a tesoura nas preocupações, nem que seja por um dia. É isso que faz desde 2008 o Projeto Zen, do Instituto de Psiquiatria (IPq) do Hospital das Clínicas (HC) da USP, evento anual no qual, por um dia inteiro, profissionais voluntários oferecem à população diferentes terapias, orientais ou não, voltadas para o bem-estar, relaxamento e autoestima.
“Essas terapias são pouco divulgadas. O objetivo do projeto é fazer com que as pessoas que normalmente não teriam contato com elas possam conhecê-las e percebam que podem se beneficiar delas também”, explica Osvaldo Hakio Takeda, coordenador do projeto.
Na sua segunda edição, em novembro de 2009, o projeto ofereceu aos participantes terapias complementares como shiatsu, integração craniossacral, meditação dinâmica, avaliação do estresse por biofeedback, além de oficinas de beleza e dança de salão.

Osvaldo Takeda

Osvaldo Takeda

“A importância das terapias complementares, tanto para pacientes com doenças mentais como para a população em geral, está na prevenção – elas podem prevenir várias doenças que poderiam já estar se aproximando”, afirma Takeda. “Uma pessoa que não pense em si e na sua saúde, que está sempre sem tempo para si mesma, terá reclamações de seu corpo. Gastrite, dor de cabeça, depressão podem ser problemas advindos desses estados de humor. Já as dores podem ser evitadas com atividades como o Yoga ou Pilates”, continua.
A quase totalidade das pessoas atendidas pelo Projeto Zen pede para que essas atividades aconteçam com mais frequência, mensal ou semanalmente. Segundo o coordenador, a intenção a longo prazo é estruturar grupos fixos das terapias no IPq para atender a população. Não se conseguindo um atendimento público, o melhor caminho para realizar uma dessas atividades é procurar um atendimento particular por indicação de conhecido ou pessoa de confiança que já tenha passado pelo profissional.
Terapia por terapia
O shiatsu, pressão realizada pelos dedos em japonês, é uma massagem oriental que se baseia na utilização dos dedos e palmas da mão para pressionar pontos dos meridianos – canais pelos quais passa energia – que se espalham pelo corpo todo. É uma massagem relaxante, revigorante e tonificante. A ideia é desbloquear os pontos de energia localizados nos meridianos, fazendo com que ela circule normalmente.
A integração craniossacral é uma terapia manual, que se utiliza de toques sutis visando ao reequilíbrio do organismo baseado no movimento do líquor – líquido claro filtrado do sangue que tem por função a nutrição e proteção mecânica e química do sistema nervoso. Através de posicionamento e manipulações do crânio, da medula e do sacro, regulariza-se o pulsar do líquor, e a partir disso regulariza-se a nutrição dos órgãos e o equilíbrio do corpo.
Já a meditação ativa ou dinâmica utiliza-se de sons, música e movimento para atingir o estado de calma e quietude – aquele momento em que nossos pensamentos param, não se ligam mais a outros e outros. A ideia da meditação é exatamente conseguirmos uma pausa entre os pensamentos e ficarmos por alguns momentos sem pensar, concentrados apenas em nós mesmos.
Saiba mais sobre o uso das terapias alternativas na saúde pública, sobre a acupuntura, seu uso e efeitos e sobre como as emoções podem mexer com nossa saúde.

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