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A USP comemora seus 75 anos e se prepara para futuras transformações em prol da excelência
Por Maria Clara Matos
Mudar o visual, mudar de emprego, mudar a alimentação… Geralmente o final do ano é a época em que as pessoas se preparam para as transformações que desejam fazer em sua vida no próximo ano. Curioso pensar que é necessária “pre-pa-ra-ção”. Essa postura já revela certa preocupação em torno do que essas alterações podem ocasionar na vida de cada um de nós. Com mais de 20 mil funcionários e mais de 57 mil alunos, a Universidade de São Paulo passa cotidianamente por esse processo de alterações e sua Comissão de Planejamento tem elaborado desde 2007 propostas para o futuro da Universidade.
As mudanças podem, muitas vezes, gerar desconforto e medo às pessoas, daí essa necessidade de se precaver. Henriette Morato, professora do Instituto de Psicologia, explica que isso ocorre, geralmente, porque não temos controle sobre elas: “Mudar significa sair daquilo que é familiar e deixar de lado o conhecido. Além disso, a mudança tem um caráter quase que de incontornabilidade, do que a gente não pode contornar”.
Mas quando o assunto é a USP, Glaucius Oliva, coordenador da Comissão de Planejamento e diretor do
Instituto de Física de São Carlos (IFSC), destaca que é preciso mudar e se desenvolver para que a Universidade possa realmente florescer em suas potencialidades. A comissão está prevista no Estatuto da universidade, em vigor desde 1988, mas foi efetivamente implementada somente no segundo semestre do ano passado, na atual gestão.
O planejamento a curto e a médio prazo é garantido pelos planos das próprias unidades e departamentos que são acompanhados pela Comissão Permanente de Avaliação. Oliva aponta que faltava, no entanto, espaço para a discussão a longo prazo e ressalta: “A vida cotidiana da Universidade é muito intensa, de tal forma que perdemos a oportunidade de pensar o futuro com mais tranqüilidade”. Nesse sentido, o papel da comissão visa a olhar os contornos externos da Universidade, como as demandas da sociedade e a inserção da instituição no contexto internacional.
Mas o coordenador da comissão também aponta que para se fazer esse planejamento é essencial a participação da comunidade universitária: “Estamos tentando fazê-lo da forma mais ampla possível, porque qualquer atividade de mudança não é fácil. Isso requer disposição, que as pessoas acreditem na mudança e vejam nela uma real oportunidade de crescimento”.
Joel Souza Dutra, professor da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade e especialista em gestão de pessoas e desenvolvimento de lideranças, aponta para a mesma direção e comenta que o “fator essencial para o desenvolvimento da Universidade é incentivar o crescimento das pessoas que trabalham nela”. Para estimular tanto funcionários como docentes, Dutra diz ser importante a valorização dessas pessoas com o aumento de salário e reconhecimento social.
Dentre essas inovações estão iniciativas como o plano de carreira docente e dos servidores técnico-administrativos. Glaucius Oliva opina: “Em uma instituição complexa como essa, o nosso maior patrimônio não são os prédios, os equipamentos ou os recursos anualmente injetados aqui pela sociedade, mas sim as pessoas que trabalham nela”.
Encaixa-se nesse contexto o Prêmio Excelência Acadêmica Institucional da USP, aprovado no dia 4 de novembro na Sessão do Conselho Universitário. O prêmio representa um valor em dinheiro a ser pago a professores e a funcionários de todos os campi da USP. Suely Vilela, reitora da USP, ressalta: “A proposta do prêmio é reconhecer o esforço coletivo da comunidade acadêmica nessas conquistas, que conduzem à ampliação da liderança acadêmica da Universidade, tanto no cenário nacional quanto no internacional”.
Ainda em relação aos pontos principais que devem nortear a USP em seu desenvolvimento, Oliva destaca que uma das questões mais importantes é definir qual o modelo que a instituição deseja seguir. Ele lembra que a USP está inserida em um sistema de ensino superior no Brasil que congrega mais de 2 mil instituições de ensino superior, portanto não pode se fechar e pensar seu futuro de forma isolada. Ser referência para as outras escolas e faculdades e ocupar o papel de ser o principal paradigma universitário brasileiro são um dos grandes objetivos.
Oliva observa que questões como a crescente demanda por acesso à educação, a valorização da graduação e a internacionalização da universidade são questões a serem pensadas. Temas como esses foram compilados pela Comissão de Planejamento que organizou dois workshops em setembro e outubro para discuti-los. Deve ser apresentado em janeiro de 2009, nas comemorações do 75º aniversário da USP, um documento com um diagnóstico dos desafios que a instituição terá nos próximos 25 anos, além de reflexões e propostas para enfrentá-los.
seg, 29 de junho
dom, 28 de junho
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sáb, 27 de junho
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sex, 26 de junho
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ter, 2 de junho
Eu gostaria de propor que a USP abrisse um tipo de consulado nos países do BRIC, uma vez que nestes países a ciencia e educação avança muito.