Seminário organizado pelo Centro de Preservação Cultural da USP debate a questão do reconhecimento dos bens culturais Na próxima semana, nos dias 26, 27 e 28 de maio, o Centro de Preservação Cultural (CPC) da USP, instalado na Casa...
Por Maria Clara Matos
Segundo definição da Fundação Software Livre, para ser considerado livre um software deve oferecer a seus usuários quatro liberdades:
1) Liberdade de executar o programa para qualquer propósito;
2) Liberdade de estudar como o programa funciona e adaptá-lo para as suas necessidades, sendo o acesso código-fonte pré-requisito para isso;
3) Liberdade de redistribuir cópias de modo a ajudar o próximo;
4) Liberdade para aperfeiçoar o programa e liberar seus aperfeiçoamentos, de modo que toda a comunidade se beneficie.
Quanto à gratuidade, característica muitas vezes atribuída ao software livre, não há referência. Alexandre Oliva, co-fundador da Fundação Software Livre América Latina, esclarece que é perfeitamente possível um software ser livre sem ser gratuito. No entanto ele faz a seguinte ressalva: “Como qualquer um que tenha cópia do programa (Livre) tem a liberdade de distribuí-lo sem ônus, e como a livre distribuição tende a formar comunidades de desenvolvimento do software que beneficiam a todos, praticamente todo software livre, cedo ou tarde, se torna disponível gratuitamente”. Um dos softwares livres mais famosos é o Linux, sistema operacional concorrente ao software proprietário da Microsoft, o Windows.
Dessa maneira, conclui: “Um mesmo software livre pode ser ao mesmo tempo gratuito e comercial”. É aí que surgem os novos modelos de negócios que visam a atender a um mercado que necessita de suporte para a manutenção e customização do programa, além de treinamento de recursos humanos para lidar com eles.
A evolução do software livre tem como essência o processo colaborativo da internet e a formação de redes. Marcelo D’Elia Branco, coordenador-geral da Associação Software Livre.org e diretor geral da Campus Party Brasil, caracteriza os softwares privativos como típicos de uma era industrial, pré-internet, assim como as empresas ligadas a eles, que lucram basicamente com a venda de licenças. Já os softwares livres aproveitam as vantagens da internet para o desenvolvimento colaborativo.