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Em 2007, em sua 62ª Assembléia Geral, a ONU declarou 2009 como o Ano Internacional da Astronomia (IYA), que comemora os quatro séculos das primeiras observações telescópicas realizadas por Galileu Galilei. A celebração é global e visa a enaltecer as contribuições da Astronomia para o conhecimento humano, assim como promover o envolvimento do público por meio de atividades diversificadas, desde exposições, shows, palestras, observações do céu, entre outros eventos.
A Astronomia é uma das ciências mais antigas e teve papel fundamental na organização do tempo e do espaço explorados pela humanidade. Além de fornecer as ferramentas conceituais para a Astronáutica, para a análise espectral da luz, para a fusão nuclear, para a procura de partículas elementares.
Augusto Damineli, um dos coordenadores do IYA no Brasil e professor do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG), afirma que o projeto já conta com a participação de cerca de 129 países sendo Brasil, França e Itália seus principais incentivadores. Para Damineli, as pessoas precisam redescobrir o universo. Um dos grandes paradigmas que devem ser alterados na percepção da população, segundo o professor, é a idéia de um céu desligado da Terra. “Vivemos uma intimidade cósmica compartilhada com as estrelas. Elementos como o alumínio, o ferro ou o carbono já se sabe que foram tipos diferentes de estrelas que produziram. Assim, todos os átomos de que nós compartilhamos, seres vivos ou não vieram de estrelas.”
Nesse sentido, o Ano Internacional se propõe a atender às demandas do público por informação e proporcionar o engajamento de educadores, artistas, cientistas e astrônomos em uma rede de divulgação científica. A coordenação dos eventos é feita através de uma rede. Os “nós” dessa rede são grupos (clubes amadores, institutos de ensino e pesquisa, planetários, clubes e museus de ciência) que produzem os eventos. A operação da rede é feita através de um sítio na internet com ferramentas Web 2.0 que cadastra os “nós”, divulga e registra os eventos para uma avaliação precisa. Em agosto de 2008, a rede brasileira já congregava 160 “nós” locais.
Para participar, as pessoas podem procurar representantes dos “nós” cadastrados na rede www.astronomia2009.org.br de sua região para auxiliar na formulação de projetos para o Ano 2009. O Ministério da Ciência e Tecnologia, o CNPq, o MEC e Fundações de Amparo à Pesquisa de diversos estados estão disponibilizando recursos para que o Ano Internacional da Astronomia chegue à população de todo o Brasil, incluindo regiões afastadas dos grandes centros.