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Revistas acadêmicas promovem o debate crítico na Universidade
Por Márcia Scapaticio
O Sistema Integrado de Bibliotecas da USP faz parte do dia-a-dia da comunidade universitária. A diretora do departamento técnico, Sueli Mara Soares Ferreira, afirma que o sistema reflete a política institucional da Universidade, que prima pelo acesso aberto à informação e à produção científica, postura que também acompanha uma tendência internacional.Para reforçar essa política e divulgar a produção de conhecimento, existem as revistas acadêmicas. Uma das revistas credenciadas pelo Sibi e disponibilizadas em seu portal é a ARS, do Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais da Escola de Comunicações e Artes. O trabalho é feito desde o ano de 2006 e em caráter semestral.
Por meio de textos e imagens, a revista promove uma reflexão crítica sobre a produção artística e serve de material de estudo para os graduandos. O secretário Raul Cecílio diz com orgulho que uma conquista recente foi a inclusão da ARS no Scielo: “ Essa é uma base de dados internacionais que indexa periódicos e nós somos a única revista brasileira de artes nesse catálogo. O processo de avaliação foi longo, levando em conta a periodicidade, a qualidade textual e técnica”, conta.
O professor Adalberto Pessoa Júnior, presidente da Comissão de Credenciamento de Periódicos do Sibi explica que eles seguem um regimento interno que define as atribuições e seus critérios de trabalho. “Isso é importante, pois a USP tem compromisso com a qualidade, o que também significa credibilidade com o leitor e instituições internacionais.”
Hoje existem cerca de 80 revistas científicas criadas pelas unidades, mas o total cadastrado no sistema é de 53. “Iremos fazer uma nova divulgação da comissão para aumentar a visibilidade da nossa atuação e promover uma maior adesão das publicações; por vezes a unidade desconhece que pode receber apoio financeiro, de conteúdo e técnico, feitos através do site do Sibi”, afirmam os diretores, que se completam nesse fervilhar de ideias.
No caso da ARS, Cecílio confirma que é fundamental estimular debates e a crítica de arte. “Temos procurado dar espaço à arte contemporânea e mesclar artistas renomados aos novatos, além de resgatar textos históricos e estabelecer uma publicação feita pela USP, que exiba a colaboração de docentes e pesquisadores de outros estabelecimentos de ensino”, completa.
Quando se está no portal, o alcance de uma publicação desse tipo é impressionante. Pessoa Júnior conta “que é grande o número de pessoas dos continentes Africano e Asiático que faz o download dos artigos, logo o impacto das revistas brasileiras aumenta. Isso é um círculo virtuoso, nós auxiliamos a revista e ela também oferece o retorno social e acadêmico”.
Outro projeto do Sibi e da Comissão é continuar promovendo seminários anuais. O próximo está marcado para o mês de novembro. Detalhes da programação estarão disponíveis no portal do Sibi.