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No mês de dezembro o Centro de Computação Eletrônica (CCE), com o apoio da Coordenadoria de Tecnologia da Informação (CTI), promoveu o lançamento do Selo Verde da USP.
Por Cinderela Caldeira
A primeira série foi concedida à Itautec pelo lote de mais de 2 mil computadores, entre laptops e notebooks, a serem fornecidos para a Universidade, atestando que essas máquinas estão em conformidade com a diretriz européia RoHS (Restriction of Hazardous Substances Directive), que prevê a não utilização de insumos tóxicos ao meio ambiente na fabricação de equipamentos.
De acordo com Tereza Cristina de Melo Brito Carvalho, coordenadora do CCE e professora da Escola Politécnica, sustentabilidade é atender às necessidades do mundo atual, sem comprometer os recursos naturais. Para isso foi criado no Centro de Computação Eletrônica a Comissão de Sustentabilidade com o objetivo de desenvolver ações de conscientização ambiental relacionadas à reciclagem, economia de água e energia elétrica e, principalmente, lixo eletrônico.
O Projeto Criação da Cadeia de Transformação do Lixo Eletrônico, desenvolvido pela comissão, envolve, além do Selo Verde, a criação do Centro de Descarte e Reciclagem e, futuramente, com a parceria de unidades da Universidade, a realização de ensaios laboratoriais por meio de uma disciplina que dê ênfase aos estudos de separação, purificação e descontaminação de metais em resíduos eletrônicos, assim como o tratamento desse materiais.
Lixo eletrônico é tudo aquilo que é descartado de equipamentos eletroeletrônicos, como teclados, mouses, cabos, entre outros. “No dia mundial do meio ambiente, 5 de julho, foi feita no CCE a primeira experiência onde foram coletadas cinco toneladas desse tipo de lixo. Hoje possuímos cadastrados no Sistema Mercúrio, 40 mil itens. Imaginem o tanto de lixo que tudo isso vai virar, sem contar os bens que são da Fapesp (Fundo de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) e da Finep (Financiadora de Estudos e Projetos), empresa vinculada ao Ministério de Ciência e Tecnologia, e que nem sempre são patrimoniados”, afirma Tereza.
Para o professor Gil da Costa Marques, coordenador da Coordenadoria de Tecnologia da Informação (CTI), foi implantado, há cerca de três anos, um projeto de aquisição de equipamentos, visando à compra em grande escala e padronização dos equipamentos e com um preço menor. ”A partir da proposta da professora Tereza tínhamos um desafio que era manter o preço baixo aliado à demanda de sustentabilidade. O pregão foi elaborado e a Itautec desenvolveu um equipamento verde”, diz Marques. “Minha preocupação, daqui para frente, é transformar isso como um item obrigatório na aquisição de equipamentos, aliando menor custo e sustentabilidade”, enfatiza.
A reitora Suely Vilela diz que o lançamento do Selo Verde é inovador e aponta para alguns desafios. Primeiro porque não temos uma legislação e ainda não conhecemos todos os procedimentos para manipular esse lixo eletrônico. “Eu entendo que nós estamos na fase de construir esse processo educativo que culminará com a criação de uma disciplina para formar nossos técnicos e também em termos educativos para os nossos alunos. Tudo isso faz parte de um grande projeto não só nacional, mas mundial, que é a questão da sustentabilidade que aflige o nosso planeta com um todo.”