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O Projeto Dr. Bartô – Doutores da Saúde, idealizado pelo pneumologista João Paulo Becker Lotufo, do Hospital Universitário, leva orientação sobre tabagismo e álcool, e já atendeu cerca de 17 mil crianças do ensino fundamental da cidade de São Paulo. Dados científicos mostram que 35% dos jovens com idade entre 15 e 19 anos estão iniciando o uso do tabaco.
Das escolas participantes do projeto, oito se tornaram ambientes livres do tabaco, antes da aprovação da Lei Estadual Antifumo, em 2009. “O que significa dizer que professores, funcionários e alunos dessas oito escolas deixaram de fumar ou eliminaram o hábito dentro do ambiente escolar”, afirma Lotufo, que idealizou em 2007 o Projeto Dr. Bartô. Segundo ele, de cada três jovens que começam a fumar, um irá manter o hábito pelo resto da vida.
A peça Dentes em fúria contra o tabacobaco faz parte do projeto, que tem como objetivo melhorar a qualidade de vida de crianças e adolescentes, ensinando sobre os malefícios do cigarro e do álcool. A história, encenada por cinco atores e dois músicos, conta as aventuras de uma banda de rock que vai gravar seu primeiro videoclipe. A ideia de uma das integrantes da banda é acrescentar fumaça de cigarro na gravação. Com a fumaça do cigarro de dois atores, o vocalista passa mal e sai à procura do médico, o Dr. Bartô. O doutor entra em cena e explica que a fumaça faz mal e propõe que os músicos parem de fumar. A encenação é interativa e tem duração de 45 minutos.
“Hoje sabemos que o tabagismo é a droga mais viciante que existe e pode ser o iniciador de drogas ilícitas. O adulto tabagista passivo tem 25% mais chance de ter infarto e câncer de pulmão. Além disso, as crianças tabagistas passivas apresentam mais otites, bronquites e asma, e até o dobro de morte súbita em bebês cujos pais são fumantes”, revela Lotufo.
O mesmo problema pode ser verificado quando o assunto é álcool, segunda droga mais viciante. “De cada sete jovens que se iniciam nas bebidas, um pode se tornar alcoólatra. O álcool é o principal responsável pelas mortes na adolescência, pois induz à violência, uso de armas de fogo e acidentes automobilísticos”, esclarece o médico.
“Com base nesses dados, decidimos reunir médicos, enfermeiras, pedagogas e assistentes sociais para elaborar um projeto de educação nas escolas, visando a ensinar, treinar, esclarecer dúvidas através de palestras periódicas, reuniões de grupos e debates, tanto para pais como para a equipe pedagógica, capacitando-os e informando-os sobre esses temas. Assim, demos início ao Projeto Dr. Bartô – Doutores da Saúde”, relembra.
Além de apresentação teatral e palestras motivacionais para pais, professores e alunos, o projeto também busca interagir com o dia a dia dos alunos. Dessa forma, cada disciplina da escola faz atividades ligadas a essa realidade. “Contamos com a colaboração de professores de outras áreas, como educação artística, para elaboração de desenhos; português, para elaboração de redaçôes e textos; biologia, para explicar os malefícios do cigarro e álcool, e educação física, para incentivar a prática de atividades físicas”, diz.
Adorei, poderiam vir para o interior de São Carlos?