Seminário organizado pelo Centro de Preservação Cultural da USP debate a questão do reconhecimento dos bens culturais Na próxima semana, nos dias 26, 27 e 28 de maio, o Centro de Preservação Cultural (CPC) da USP, instalado na Casa...
Editora Saraiva
299 páginas
R$ 23, 40
O Cortiço é umas das principais obras do Naturalismo no Brasil. Publicado em 1890, ele adianta os problemas sociais que se desenvolveram nas cidades ao longo do século 20. O livro narra a trajetória do ganancioso João Romão no contexto carioca, um sujeito que chegou sem nada e acaba enriquecendo de modo inescrupuloso. Dessa forma, ele cria um cortiço, que reúne os tipos marcantes da classe baixa do período. Rita Baiana, Firmino, Bertoleza são nomes de alguns personagens que compõem a história. São todos frutos de seu meio, da sua raça e do seu contexto social e histórico.
O narrador em terceira pessoa desfila pelos meandros do cotidiano, alternando o cenário do cortiço com o casarão de Miranda, comerciante rico, cuja situação contrasta com a da casa de João Romão, vizinha à sua. Azevedo resgata sempre a questão racial, equiparando as etnias em seu grau de decadência, de forma a provar que qualquer “raça” está sujeita à degradação.