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CCSP promove evento que reúne de consagradas companhias a jovens iniciantes nessa forma de manifestação artística
A dança é uma prática milenar. Seja como arte ou para o simples divertimento, está inserida nas raízes de nossa cultura. Para ressaltar sua beleza e importância, o Centro Cultural São Paulo (CCSP) promove, de 16 de julho a 25 de agosto, o projeto Semanas de Dança 2013. Serão apresentados dois espetáculos por noite, de terça a domingo, na Sala Jardel Filho, Espaço Ademar Guerra e espaços alternativos do CCSP, com entrada franca.
O evento teve sua primeira edição em 1990 e volta a acontecer após um ano de hiato, com as salas de espetáculo reformadas. “O objetivo é possibilitar o acesso do público à produção dessa linguagem de uma forma intensa, diversificada e gratuita”, explica Leticia Cocciolito, curadora de dança do CCSP. “É ainda uma oportunidade para os artistas apresentarem seus shows em um dos espaços mais reconhecidos do cenário da dança brasileira.”
O projeto reúne de consagradas companhias de dança a novos artistas. Muitos dos convidados são contemplados por editais públicos de incentivo à dança – Fomento à Dança (Secretaria Municipal de Cultura), Proac (Secretaria de Estado da Cultura) e Funarte (Governo Federal). “Isso confere a nossa programação um aval das políticas públicas e selo de qualidade incontestável”, destaca a curadora.
Alguns dos destaques da programação são: o Balé da Cidade de São Paulo, com os espetáculos LAC, Frágil e T.A.T.O; o Núcleo Luis Ferron, com a residência e as apresentações públicas do novo Baderna 23; a artista Zélia Monteiro, com seu solo Três danças passageiras; Maurício de Oliveira & Siameses, com o consagrado Nigredo e o trabalho Minhas cavidades orbitais; Key Zetta & Cia., com o projeto Propulsão – o que faz viver 2; a apresentação Frágil desconforto, de Marina Salgado e Bruna Petito; e a reapresentação da performance Mirantes, de Paula Pi.
Mas a novidade da edição fica por conta do projeto Ocupação em Mostra, que abrirá espaço para os grupos de Hip Hop e K Pop que habitam regularmente os espaços do CCSP. “Cada dia mais os jovens artistas, de todas as linguagens, mas especialmente da dança, vêm para o Centro de forma espontânea para realizar seus encontros e ensaios, e o Hip Hop é o que reúne mais adeptos”, conta Leticia. Segundo ela, o CCSP está procurando maior aproximação com esses grupos para envolvê-los na programação oficial do instituto, uma maneira de, talvez, incentivar uma almejada profissionalização.
A programação volta-se também para a questão da acessibilidade. “Somos um dos espaços culturais mais democráticos da cidade”, declara a curadora. “Temos olhado para os programas de acessibilidade, em todas as curadorias, não como algo extraordinário, mas sim um pensamento orgânico, buscando ampliar o acesso de todos a tudo.” O evento contará com o espetáculo Formas de ver, do bailarino Marcos Abranches, deficiente físico que trabalha com o tema e, ainda, duas apresentações da Cia. Gira Danças, de Natal (RN), que reúne dançarinos com múltiplas deficiências.
Nas duas últimas edições – 2010 e 2011 –, que apresentavam o mesmo formato da atual, a média de público ao longo das semanas do projeto foi de 10 mil pessoas. “Esperamos que em 2013 tenhamos tanto êxito quanto nos anos passados”, comenta Leticia. Para ela, a dança, nos últimos anos, vem ganhando cada vez mais espaço dentro das instituições culturais públicas e privadas. Mas a curadora ressalta: “Acredito que, se a compararmos com outras linguagens artísticas, como o teatro e a música, ainda há uma grande discrepância nesse quesito”.
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