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Paisagens e fronteiras são redimensionadas e mapeadas pela arte contemporânea na mostra que será inaugurada nesta terça na Caixa Cultural
Uma cidade como São Paulo é feita de cidades sobrepostas. Os bairros, ruas e regiões marcadas por forte transformação urbana se caracterizam como uma fronteira entre vários grupos distintos. A partir disso, a curadora Daniela Name propôs a dez artistas plásticos de grande importância na cena contemporânea brasileira encontrar ?mapas invisíveis? em lugares da cidade com os quais tivessem identificação. Esses mapas poderiam ter diversas origens: geografia, história, grupos sociais ou confronto/encontro do próprio artista com a região. Como resultado, será inaugurada nesta terça a mostra ?Mapas Invisíveis?, retratando a Barra Funda, a Liberdade e a Pompeia, entre outros locais, utilizando suportes que vão do vídeo à instalação, da pintura à escultura e da fotografia ao desenho.
Com curadoria da crítica de arte e jornalista Daniela Name, “Mapas invisíveis” já teve uma versão carioca que ficou em cartaz entre novembro de 2010 e janeiro de 2011, com participação de nomes como Daniel Senise, Ana Bella Geiger, Luiza Baldan, Opavivará, Rosângela Rennó e Thiago Rocha Pitta. Assim como no Rio de Janeiro a mostra paulistana reúne artistas nascidos, residentes ou frequentadores assíduos da cidade, que se debruçaram por uma determinada região, criando trabalhos inéditos. São dez nomes da arte contemporânea: Cinthia Marcelle, Marilá Dardot, Estela Sokol, Fabiano Gonper, Laerte Ramos, Lenora de Barros, Lucia Koch, Marcelo Moscheta, Paulo Nenflídio e Tatiana Blass.
As mineiras Cinthia Marcelle e Marilá Dardot fogem a um lugar específico apresentando, em dupla, Mapa Abstrato, que diz muito sobre a organização urbana e a experiência de viver em São Paulo, cidade cujo centro foi migrando de lugar ao longo dos séculos e se reconstrói com muita facilidade. Além desse, outros oito mapas foram criados, caso da instalação Subtropical, de Marcelo Moscheta, com um trabalho feito a partir do encontro com o Pico do Jaraguá e a Serra da Cantareira, em que imagina um diário de viagem de um explorador de um passado indeterminado a esta cidade ao sul do Trópico de Capricórnio.
“Mapas Invisíveis” será inaugurada nesta terça e fica em cartaz até 30 de outubro, com visitação de terça a sábado, das 9h às 21h, domingos e feriados, das 10h às 21h, na Caixa Cultural (av. Paulista, 2.083, Conjunto Nacional, tel. 3321-4400). Entrada franca.