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Redes Alternativas

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Museu de Arte Contemporânea expõem trabalhos em dois recortes de seu acervo

Por Claudia Costa

Fundado em 1963, o MAC USP posicionou-se sempre como um museu de arte contemporânea, além de possuir rico acervo nacional e internacional de arte moderna, que originou sua criação.  Foi no MAC USP que nasceu a primeira experiência museológica brasileira voltada para a arte contemporânea. A incorporação de obras fundamentadas na experimentação de novas linguagens e no uso de novos meios foi a base do crescimento do acervo, sendo a contemporaneidade a marca principal das décadas de 70 a 90, quando as doações de obras realizadas pelos próprios artistas colocaram-se como fator principal para a atualização e ampliação qualitativa do seu acervo.

Dois recortes surgem nas mostras em cartaz no MAC. “Redes Alternativas”, mostra de arte conceitual – já que o museu guarda em seu acervo a mais importante coleção de arte conceitual internacional do País, formada a partir de exposições nacionais e internacionais organizadas nos anos 1970 – que traça as relações entre a produção de artistas latino-americanos e do leste europeu, que enfrentavam a censura dos regimes ditatoriais nos anos 1960 e 1970. E “Arte Contemporânea Brasileira”, resultado da seleção feita pelo Museu de Arte Contemporânea (MAC) para participar do Edital Procultura de Estímulo às Artes Visuais do Ministério da Cultura (edição 2010), com o objetivo de atualizar seu acervo com a produção recente de dez artistas brasileiros.

O painel Nosotros Hablamos La Misma Lengua (2002), de Ana Teixeira; e Venetian Tour Scrapbook (2009/2010), de Rosângela Rennó (acima)

Em “Redes Alternativas” estão trabalhos que desafiavam as noções convencionais da arte e que chegavam ao museu pelo correio, forma que artistas e instituições utilizam para fugir do mercado de arte e centros artísticos. No total são 40 obras de artistas que valeram-se, direta ou indiretamente, da fotografia como registro de performances e do cotidiano. “Isso porque manter um laboratório fotográfico clandestino em casa era possível apesar da censura e repressão. As experiências artísticas, não raro, envolvendo o próprio corpo poderiam ser reveladas e facilmente distribuídas pelo correio”, informa a curadora Cristina Freire. Vivendo sob a repressão e com orientações políticas bem diferentes, a mostra apresenta a visão de artistas de países como Tchecoslováquia, Polônia, Iugoslávia, Alemanha Oriental e Hungria, além dos autores latino-americanos.

Um Artista a Serviço da Comunidade (1974), do uruguaio Clemente Padín

Para a segunda, a escolha recaiu sobre artistas de gerações diferentes e com marcada atuação em várias regiões do País. “Agindo dessa maneira, o MAC USP busca sinalizar para uma política de aquisições que transcenda o paroquial e, ao mesmo tempo, chame a atenção para a potência criativa de outros centros artísticos brasileiros”, afirma Tadeu Chiarelli, diretor do museu. Também foi realizada com a ideia de que o eixo para a ampliação do acervo é a própria coleção do museu. Foram selecionados artistas que exploram o diálogo entre a imagem e a palavra. No total são 21 obras, de autoria de Elida Tessler, Hudinilson Junior, Emmanuel Nassar, Ana Teixeira e Rosângela Rennó, entre outros nomes, que o público vai conhecer enquanto o museu aguarda o resultado do edital.

Redes Alternativas e Arte Contemporânea Brasileira ficam em cartaz até 18 de dezembro e 11 de setembro, respectivamente, no MAC USP (r. da Praça do Relógio, 160, Cidade Universitária, tel. 3091-3039). O horário de funcionamento é de terças e quintas, das 10h às 20h, quartas, sextas, sábados, domingos e feriados, das 10h às 18h, com entrada franca. Mais informações no site www.mac.usp.br.

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