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O recém-formado Grupo 59 apresenta seu repertório e discute a dramaturgia coletiva

Por Jéssica Camargo Stuque

Foi com o exercício cênico Uma palavra nem tão próxima nem tão distante de Fuente Ovejuna (2008), com direção de Isabel Setti, que a turma de número 59 da Escola de Arte Dramática (EAD) da USP, que na época estava no 2º ano da graduação, identificou-se com o trabalho em grupo. Os 15 alunos, então motivados a continuar com a sua maneira própria de fazer teatro – baseada na investigação do trabalho técnico do autor, na musicalidade cênica e na criação coletiva –, criaram o Grupo 59, o número da turma. A partir daí, desenvolveram um trabalho paralelamente à escola, realizando apresentações fora da Universidade, em mostras de teatro estudantil e em cidades do interior paulista.

Agora, recém-formados, exibem seu repertório dentro da Mostra Grupo 59, que estreia nesta quinta, no Tusp. A mostra está dividida em duas partes: Grupo 59 se Apresenta, com os espetáculos do seu repertório – O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá, Mockinpó – Estudo sobre um Homem Comum e A Última História; e Grupo 59 Convida, parte dedicada à apresentação de espetáculos de outros grupos e a debates com profissionais do teatro, com o objetivo de refletir sobre a dramaturgia coletiva.

Dentro da Mostra Grupo 59 a Última História (no alto) e Mockinpó - Estudo sobre um Homem Comum

O espetáculo Mockinpó – Estudo sobre um Homem Comum é uma livre adaptação da obra De como foi Extirpado o Sofrimento ao Senhor Mockimpott, escrita por Peter Weiss. Dirigido por Claudia Schapira, do Núcleo Bartolomeu de Depoimentos, é um drama tragicômico musical que narra a trajetória de um homem comum a partir do dia em que, ao sair para comprar um jornal, é preso sem motivo. Sua vida é transformada e ele é confrontado por inúmeras instituições sociais: polícia, trabalho, família, política, ciência e igreja. Tendo como pano de fundo a cidade, utiliza poesia, hip-hop e música eletrônica (a partir de sexta, dia 6 de maio, com apresentações às sextas e sábados, às 21h, e domingos, às 20h). Em junho estreiam os outros dois, A Última História, espetáculo cômico e de máscaras dirigido por Tiche Vianna, do Barracão Teatro (a partir de 3 de junho, sextas e sábados, às 21h); e o infantil O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá, baseado na obra de Jorge Amado, dirigido por Cristiane Paoli Quito, da Cia. Nova Dança (a partir de 5 de junho, domingos, às 18h).

Os grupos convidados também são recém-formados e trabalham com teatro de grupo. São eles: Grupo do Trecho, formado na Unicamp, que tem pesquisas sobre intervenção teatral e criação artística a partir de especificidades contextuais e que vai apresentar o Projeto Ausências Cria a Partir da Prisão (12 de maio, às 21h); Cia. Levante da Escola de Livre Teatro de Santo André, com o espetáculo Bielski marcado para o dia 19 de maio, às 21h; Estação Teatro, nascido na Unicamp, com foco na inserção da poesia do ator na cena e que vai apresentar o espetáculo Santiago Morto em 9 de junho, às 21h; Cia. Os Crespos, da EAD, voltado para discussão da situação do negro no Brasil e que vai apresentar Além do Ponto, nos dias 16 e 17 de junho, às 21h.

Na grade de programação ainda estão os debates: Voz e Musicalidade: a palavra, a palavra cantada e a música na cena, com Isabel Setti, Roberta Estrela D’Alva, Marcelo Onofri e Andréa Kaiser (26 de maio, 20h); Criação Coletiva: procedimentos do trabalho em grupo e investigação do corpo cênico do ator, com Cristiane Paoli Quito, Claudia Schapira e Tiche Vianna (2 de junho, 20h).

A Mostra Grupo 59 está em cartaz até 26 de junho no Tusp (r. Maria Antonia, 294, Consolação, tel. 3123-5233). Os ingressos para os espetáculos custam R$ 20,00 e os debates são gratuitos. Mais informações pelo site www.usp.br/tusp/index.php.

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