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Pesquisa desenvolvida na Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade mostrou evidências de que o sistema de meia-entrada no País apresenta falhas e que o benefício praticamente não existe.
Carlos Martinelli, pesquisador da área de contabilidade, comprovou em seu estudo que, do total de ingressos à venda, cerca de 80% do público pagante se beneficia da semigratuidade, inviabilizando o desconto que teoricamente deveria ser dado. Esse quadro acaba elevando o valor do ticket, provocando um desequilíbrio de renda.
Martinelli afirma que há um chavão na economia que explica a prática hoje “alguém tem que pagar a conta”, uma vez que os governos obrigam a concessão do desconto. “A meia-entrada no sentido da semigratuidade, ou desconto de 50%, é ilusória, inviável por meio de simples imposição legal, sem contrapartidas”, garante o pesquisador. Ao produtor cultural cabe a viabilização do benefício através do sistema de transferência de renda. “A contrapartida para a concessão do desconto é o aumento gradativo do preço”, esclarece.
Martinelli diz que, na prática, dobra-se o preço do ingresso, mas cria-se inúmeros subterfúgios com a intenção de que todos tenham 50% de desconto, pagando, metade do dobro, anulando completamente qualquer efeito da meia-entrada.
O objetivo da pesquisa foi buscar soluções para o mau funcionamento do benefício. Entre as sugestões oferecidas pelos entrevistados estão a criação de uma regulamentação federal que estabeleça cotas-limite menores que os 40% previstos pelo Estatuto da Juventude; revisão dos critérios para a concessão dos descontos para estudantes; e revisão dos critérios de elegibilidade de descontos para que os mesmos se tornem inclusivos.
“Há a necessidade de se estabelecer diálogos entre os legisladores e representantes de cada uma das categorias de eventos, culturais ou esportivos, no intuito de criar regras específicas para cada uma delas levando em conta os vários fatores de cada categoria, observando as particularidades”, diz Martinelli.
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