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Iniciado em agosto de 2012, projeto de Escola focado na área de gestão tem boas perspectivas para o futuro
A Universidade de São Paulo é uma instituição que possui estruturas complexas e imensa diversidade humana e cultural. Devido ao seu grande porte, há uma quantidade expressiva de desafios em relação ao seu gerenciamento. Pensando nisso, o reitor, João Grandino Rodas, tomou a iniciativa de criar um projeto que auxilie na capacitação e no desenvolvimento dos servidores técnico-administrativos e docentes da USP que ocupam funções de gestão.
A Escola Técnica e de Gestão ou simplesmente Escola USP é uma ideia concebida para ser uma plataforma de aprimoramento permanente de gestão da Universidade. O responsável pro tempore pelo projeto é o diretor do Departamento de Recursos Humanos da Universidade (DRH) e professor da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA), Joel Dutra, que conta com a ajuda da equipe de treinamento do DRH e com o auxílio de mais dois professores da FEA Guilherme Ary Plonski (também docente da Escola Politécnica) e Liliana Vasconcellos Guedes.
Formalizada e iniciada em agosto de 2012, a Escola já ofereceu cursos de especialização como MBA em Gestão Pública para turmas do campus da capital, em parceria com a Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária, e um Ciclo de Formação em Compras Governamentais oferecido em parceria com a Fundação do Desenvolvimento Administrativo (Fundap), operadora do TecReg (Programa de Tecnologia para a Rede de Escolas de Governo). Além disso, houve também curso de capacitação de bibliotecários juntamente com o Departamento Técnico do Sistema Integrado de Bibliotecas (DT-SIBi).
Para divulgar melhor os serviços da Escola, a equipe usará diversos meios de comunicação. É o que garante Dutra: “Estamos criando um site específico e abrindo um canal de diálogo com todos os servidores da USP, temos um boletim periódico com a programação da Escola e efetuaremos um comunicado formal às unidades e órgãos com a programação”.
Os cursos são ministrados por profissionais específicos da área, não necessariamente da USP. “Quem ministra os cursos é relativo, depende do tipo de curso. Temos a intenção de trazer pessoas da Universidade e de fora dela. A ideia é sempre poder contar com os especialistas”, afirma Liliana.
Mesmo já oferecendo bons cursos, a Escola precisará de várias ações para que alcance plenamente seus objetivos. “Nos anos iniciais, precisaremos de uma linha estratégica. Nos primeiros tempos da Escola, o conjunto de prioridades tem claramente a ver com o avanço do posicionamento da USP nos rankings internacionais”, afirma Plonski.
Além da questão estratégica, há que se levar em conta a questão da avaliação. É o que acredita a professora Liliana: “Precisamos medir a contribuição que a Escola está gerando para a Universidade”. Segundo ela, estruturar métodos de avaliação ajudará a priorizar as ações do projeto tendo em vista seu objetivo primordial, que seria capacitar servidores técnicos e administrativos e auxiliar os docentes que passarem a exercer uma função administrativa como a diretoria de uma unidade, por exemplo.
Ainda que muito recente, o projeto tem conquistado a comunidade de servidores e docentes, a quem é destinado. Porém, lidar com a diversidade dessa comunidade constitui um dos desafios da Escola. “A Universidade é muito grande e o público é bastante diverso, então precisamos levantar as necessidades. É questão de saber como montaremos programas, identificando o público para cada um deles e voltando na questão da estratégia, aquilo que realmente vai ser importante pensando nos objetivos da Universidade”, afirma a professora.
A demanda dos cursos oferecidos pela Escola é uma questão importante a ser definida. Porém já há um planejamento. “O conteúdo da Escola USP será definido em função do levantamento de necessidades e agrupado em função de sua natureza. Para cada agrupamento teremos o suporte de pessoal especializado pertencente aos quadros da Universidade. Estamos priorizando, inicialmente, cursos voltados ao aprimoramento das lideranças da Universidade”, explica Dutra.
Plonski ressalta o valor da equipe que foi designada para o trabalho inicial do projeto. “A possibilidade de poder contar com a Seção de Treinamento do DRH é ótima, já temos um time competente e pronto, não precisamos garimpar profissionais para iniciar os trabalhos.” O professor alerta também para o valor de iniciativas já existentes. “Estamos ajudando a tocar atividades que já vinham sendo feitas na Universidade. Em alguns casos, conseguimos reforçá-las.” A Escola tem cursos em fases de planejamento para 2013.
Para realizar todas as tarefas pretendidas pela administração da Escola, a ideia é juntar forças. “Estabelecer parcerias é um caminho que estamos buscando, sejam elas internas ou externas. É uma oportunidade para integrar unidades e trazer pessoas com grande conhecimento a ser compartilhado”, afirma Liliana.
Segundo Plonski, a Escola consistirá numa grande plataforma de interação. “Será um espaço para facilitar trocas entre os dirigentes, observar novas tendências de gestão, olhar um pouco como as melhores universidades do exterior estão atuando na área, além de avaliar quais são os desafios que a mudança na maneira de pensar traz para uma instituição.”
O projeto é uma medida relevante e uma grande oportunidade para a instituição valorizar seu corpo profissional. É o que acredita Plonski. “É um privilégio estar em um espaço em que há um conjunto tão grande de pessoas que são acostumadas a compartilhar esse conhecimento. Uma das medidas que temos conversado com a direção da Universidade é uma forma de reconhecimento dessas pessoas que vão trabalhar, vamos potencializar a ‘prata da casa’, complementando com recursos e competências externas”.
Para auxiliar nesse quesito de reconhecimento, há a questão da certificação. Liliana destaca: “Temos essa preocupação de atribuir os certificados dos cursos e isso entrar para o histórico do servidor. É uma motivação para os funcionários participarem”. Além disso, é importante estabelecer padrões para que a Universidade tenha facilidade de reconhecer as atividades realizadas. “Vamos estabelecer um padrão para deixar claro quais são os cursos que estão dentro do padrão da Escola.”
Mais uma das realizações previstas para o futuro é a instalação em uma sede física. “Nesse momento, nós estamos usando como base o DRH, que fica na Reitoria. Em 2013 ou 2014 há uma alta possibilidade de sairmos desse espaço e irmos para outro que está sendo estudado.” Para isso, Plonski revela a confecção de um planejamento executivo para o projeto. “Levaremos à Reitoria um plano que mostre quais são as ações planejadas, os requisitos de espaço e a equipe necessária para implementá-las.”
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