Seminário organizado pelo Centro de Preservação Cultural da USP debate a questão do reconhecimento dos bens culturais Na próxima semana, nos dias 26, 27 e 28 de maio, o Centro de Preservação Cultural (CPC) da USP, instalado na Casa...
O trabalho da psicanalista Maria Rita Kehl, em seu livro O Tempo e o Cão, trata do aumento dos casos de depressão no século 21, diante da aceleração da vida cotidiana.
Nos últimos anos, segundo dados da OMS, a depressão tem aumentado de forma alarmante. Na França, da década de 70 para a década de 80, o número de depressivos aumentou 50%. No Brasil, nos primeiros anos deste século, 17 milhões de pessoas foram diagnosticadas como depressivas.
Partindo desses dados, Maria Rita começou a escrever considerando a hipótese de que a depressão poderia estar se tornando um sintoma social do século 21. Mais que um sofrimento mental que diz respeito a um indivíduo, poderia ser entendida como um problema que se alastra, revelando que algo na sociedade em geral não vai bem.
Segundo a psicanalista, vivemos um período em que, na tentativa de abreviar o tempo com aparatos tecnológicos, acabamos dependentes deles. Ao invés de desfrutar o tempo livre que supostamente teríamos a mais, impomos à nossa vida todo um ritmo acelerado, associado à ideia de que todo tempo (é dinheiro!) deve ser preenchido por alguma atividade.
Esse preenchimento de todo o tempo está aliado a um ritmo de consumo que se aplica à vida. “A nossa é uma sociedade de consumo, porque as pessoas medem o que são e o sentido de sua vida pelo que podem consumir”, afirma ela. Pois assim trabalhamos e nos divertimos, num mesmo afã de produtividade, acabando por atropelar o momento vivido. “Para além do quadro clínico de depressão há um sentimento generalizado de desvalorização da vida, de por que eu vivo, o que vale isso.”
Outra característica de nossa sociedade é a imposição da felicidade: antes de ser um ideal de liberdade e agradabilidade, a felicidade se mostra como uma obrigação opressiva. Devemos estar em conformidade com a empolgação geral, com a imagem que nos passa a mídia e a publicidade de que a vida deve ser de alegria e prazer ininterruptos. “Ora, a felicidade não é uma mercadoria que se possua. Não é uma conquista do ego; ela não para quieta, não nos garante nada. As pessoas sentem-se culpadas por não possuir a tal felicidade, o que as torna ainda mais infelizes.”
seg, 29 de junho
dom, 28 de junho
dom, 28 de junho
sáb, 27 de junho
sáb, 27 de junho
sex, 26 de junho
sex, 26 de junho
ter, 2 de junho
A Profa. Maria Olgária Mattos fala em brutalismo, felicidade não é mercadoria, é a barbárie capitalista, os toxicômanos se alienam das relações sociais, mais um sintoma diante do insuportável ou insuportabilidade de certas aceleradas relações, quiçá, a sociabilidade pode ser libertária e amorosa.
Com certeza.Eu sofro disso e isso tem afetado o meu lado profissional de uma maneira muito desagradável,tenho problemas de desorganização,saúde,tenho sido muito cobrada.Sou jovem ainda,minha vida é um pouco mais conturbada do que a de outros jovens porque tenho um irmão autista,o que também tira uma certa organização que tínhamos.Enfim…Comecei a ler o livro Como curar a depressão,uma tradução…nem consegui terminar…