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Com atendimentos de alta qualidade, foca-se na produção de conhecimento, colocando-se como complementar ao Hospital das Clínicas
Por Clara Roman
Inaugurada em 1913, a Faculdade de Medicina foi um marco para o desenvolvimento da assistência médica da cidade de São Paulo. No entanto, nos anos 60, quando já fazia parte da Universidade de São Paulo, novas demandas surgiram para a faculdade. Os jovens exigiam mais vagas e alguns professores desejavam novas disciplinas. Além disso, a USP pretendia que a escola se integrasse ao campus de São Paulo. Na tentativa de conciliar essas necessidades, foi criado, em 1968, o Curso Experimental de Medicina (FM) USP, que localizava-se no Campus Butantã. Da mesma forma, o Hospital das Clínicas (HC), inaugurado em 1944, visando a fornecer conhecimento prático aos estudantes, não contemplava todas as defasagens de aprendizado dos alunos da FM e do novo curso, pois atendia somente a casos de alta complexidade e especialização. Assim, observou-se a necessidade de um hospital universitário que possibilitasse ao aluno um aprendizado de atendimentos mais gerais, de gravidade mediana.Durante a década de 1970, a concepção do Hospital Universitário (HU) foi criada pelos professores Eduardo Marcondes Machado e Guilherme Rodrigues da Silva, da FM. Em 6 de agosto de 1981, o Hospital Universitário iniciava suas atividades. Durante os primeiros quatro anos, funcionaram apenas a maternidade e pediatria. Hoje, suas principais áreas de atuação são clínica médica geral, ala cirúrgica, obstetrícia e pediatria, mas atende a todas as outras áreas de complexidade mediana, com cerca de 1.400 atendimentos diários e 272 médicos disponíveis.
Segundo o professor Paulo Andrade Lotufo, superintendente geral, o objetivo primeiro do HU é o ensino e a pesquisa, com foco na graduação da Faculdade de Medicina e outros cursos da USP, como Farmácia, Enfermagem, Fisioterapia, Psicologia e muitos outros. “O público-alvo do hospital é o aluno.” Segundo Lotufo, cerca de mil alunos passam anualmente pelo aprendizado.
O HU faz parte do Sistema Único de Saúde e é muito procurado devido a sua alta qualidade. Pelo seu caráter duplo, recebe orçamento da USP e da Secretaria de Saúde. Mesmo assim, ainda enfrenta dificuldade para aquisição de novos equipamentos. O processo que a burocracia exige para a movimentação do dinheiro e compra de material, muitas vezes, impede a finalização da compra. Lotufo cita o caso de licitações que são adiadas ou anuladas por causa de pequenos erros nos editais. “Por incrível que pareça, muitas vezes a gente não consegue gastar o orçamento inteiro. Isso está acontecendo em todo sistema de saúde público.”
O doutor Maurício Seckler trabalha no HU desde 1987. Foi diretor do Departamento Médico e atualmente é presidente do Comitê de Ética em Pesquisa. Ele comenta que por ser considerado um local de ensino, o SUS repassa uma verba maior ao HU, mas que todo hospital exige muito dinheiro. Certos equipamentos exigem um gasto nem sempre compatível com o orçamento que se tem.
Segundo ele, o Hospital Universitário exerce, desde sua criação, um papel intermediário entre os postos de saúde e o “quarteirão da saúde”, como é conhecido o complexo médico do Hospital das Clínicas e proximidade. O paciente procura um posto de saúde. Se existir a necessidade de um exame mais complexo, é encaminhado para o HU, que o realizará. Caso o problema seja de gravidade muito baixa, o paciente retorna para ser atendido no posto de saúde. Um problema de gravidade secundária, como uma infecção urinária, por exemplo, é tratado no próprio hospital. Se o caso for de alta complexidade, como um câncer, o paciente é encaminhado para o HC.
“Em teoria, o HU deveria atender apenas os pacientes da Região Oeste e os alunos, funcionários e docentes da Universidade”. Mensalmente, são atendidos 12 mil alunos, professores e funcionários da Universidade, com uma média de 153 internações. Mesmo assim, ele é procurado por pessoas de outras localidades. Muitas vezes, o hospital recebe pacientes com doenças em estágio avançado de outros Estados e cidades, que não encontraram outras opções em suas cidades natais. Ele comenta que a maior parte dos setores tem conseguido atender a demanda, com exceção da ortopedia, que atualmente encontra dificuldade para atender todos seus pacientes.
Um projeto do HU que tem gerado muitos benefícios para seus pacientes é o PAD, Programa de Atendimento Domiciliar. Criado em 2000, o programa completa dez anos com cerca de 100 participantes, que recebem todo atendimento em suas próprias casas. Além de maior conforto para os pacientes, o PAD possibilita que os leitos do próprio hospital sejam desocupados, o que é muito benéfico, uma vez que são feitas 35 internações todos os dias.
Com coordenação do doutor Paulo Sajurada, o PAD atende moradores da região do Butantã, docentes, funcionários e alunos da Universidade. Pacientes com dificuldade de locomoção são os principais beneficiados. Ao todo, o programa já atendeu cerca de 1.500 pessoas. Além de evitar infecções hospitalares, o ambiente familiar é benéfico para o estado psicológico do atendido.
“O projeto está muito bem e precisaria ser ampliado”, diz. Segundo ele, faltam recursos, mas o hospital já procura mais verbas através da Secretaria Estadual de Saúde. “Eu não conseguiria imaginar o hospital sem o PAD. A quantidade de pessoas que participam equivaleria a duas enfermarias juntas.”
seg, 29 de junho
dom, 28 de junho
dom, 28 de junho
sáb, 27 de junho
sáb, 27 de junho
sex, 26 de junho
sex, 26 de junho
ter, 2 de junho
O trabalho executado HU merece elogios.
gostaria de sugerir ao Prof Dr Lotufo, q estudasse junto c a Reitoria da USP a possibilidade do HU / HC a possibilidade de extender o atendimento aos ex funcionários CLTistas aposentados da Universidade, nos mesmos moldes dos q estão na ativa.
atenciosamente
Joaquim Basilio Filho
Representante dos Funcionários
Junto a Conselho do Campus