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A arte não tem a pretensão de fazer ciência e as áreas não se contrapõem
Cristina Libardi, artista plástica que há cerca de 15 anos desenvolve trabalhos empregando conceitos sobre arte contemporânea, resolveu adotar o alecrim em abordagem para sua pesquisa em nanoarte. A artista fez o primeiro curso no Brasil sobre nanoarte, oferecido pelo MuBE – Museu Brasileiro da Escultura em São Paulo, em 2008.
Para o desenvolvimento de trabalho, Cristina contatou o professor Francisco Tanaka, do Departamento de Fitopatologia e Nematologia da Esalq – Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz. A planta foi submetida aos microscópios de luz e o eletrônico de varredura, e inúmeras imagens microscópicas foram surgindo.

A artista Cristina Libardi, o professor Francisco Tanaka e a intervenção (acima) que ressalta aspectos do relevo e a topografia da planta e expõe sinuosidades e evidencia traços da estrutura molecular a partir do emprego de cores e alteração de características como brilho e contraste
Vários aspectos do relevo e topografia do alecrim expõem sinuosidades e evidenciam traços da estrutura molecular a partir do emprego de cores e alteração de características como brilho e contraste. “As imagens são interessantes e belas, se configuram numa espécie de renda e proporcionam condições para metáforas em meus trabalhos, nas quais procuro estabelecer relações imagéticas com conceitos ou ideias de forma criativa”, ressalta Cristina.
Segundo Tanaka, é raro entre os pesquisadores olhar essas imagens com objetivo extracientífico. “Trabalhamos diariamente com ciência, utilizando imagens microscópicas como base de informação científica, não é comum pensarmos nelas como fonte de inspiração artística.”
Cristina fala que a arte não tem a pretensão de fazer ciência e que as áreas não se contrapõem. “É a possibilidade de união e convívio entre as áreas do saber, tidas até pouco tempo como antagônicas, e a real função é unir e promover a criatividade unindo o cenário artístico com a esfera científica”, ressalta Cristina.