Seminário organizado pelo Centro de Preservação Cultural da USP debate a questão do reconhecimento dos bens culturais Na próxima semana, nos dias 26, 27 e 28 de maio, o Centro de Preservação Cultural (CPC) da USP, instalado na Casa...
As recentes manifestações clamando por melhores condições de trabalho e atendimento nos hospitais públicos brasileiros e a contratação – meio que atabalhoada, é verdade – de médicos estrangeiros para o programa “Mais Médicos” colocou o dedo em uma ferida social brasileira que parece se recusar a fechar: os sérios problemas estruturais do sistema público de saúde do País. Esta nossa edição da Espaço Aberto procura lançar luzes sobre o problema, ouvindo especialistas e analistas que têm mapeado um sistema com saúde claudicante.
O professor Mário Scheffer, da Faculdade de Medicina, ouvido para a reportagem especial dessa edição, por exemplo, conduziu recentemente o estudo Demografia Médica no Brasil e encontrou desigualdades alarmantes entre as regiões do País. “Os médicos estão mais concentrados nos Estados do Sul e Sudeste e nas capitais. As diferenças são enormes: o morador de um Estado do Sul e Sudeste tem à sua disposição duas vezes mais médicos do que quem mora nas outras regiões”, afirma. Um diagnóstico sério – e preocupante. E que precisa de um tratamento muito mais sério do que apenas um placebo.