Seminário organizado pelo Centro de Preservação Cultural da USP debate a questão do reconhecimento dos bens culturais Na próxima semana, nos dias 26, 27 e 28 de maio, o Centro de Preservação Cultural (CPC) da USP, instalado na Casa...
Por Claudia Costa
Sem dúvida, o artista dinamarquês que conquistou maior repercussão internacional ganha retrospectiva na Sala Cinemateca. Ao longo de seus 30 anos de carreira, Lars von Trier vem explorando as possibilidades expressivas e narrativas do cinema com uma série de obras absolutamente únicas e desafiantes. Sua estreia profissional no cinema aconteceu em 1984 com o longa Elemento de um Crime, thriller policial neo-noir, altamente estilizado, filmado num expressivo sépia e situado em futuro indefinido (muito bem recebido em Cannes). O filme inaugurou a trilogia que se completaria com Epidemia e Europa. Mas a consagração viria no início da década de 90, com a minissérie televisiva O Reino (exibida na íntegra), o melodrama Ondas do Destino e o filme Os Idiotas, o segundo realizado sob os princípios do Dogma 95, manifesto que propunha a criação de um cinema despido de artifícios como tripé, iluminação artificial e trilha sonora incidental. A partir daí todos os seus filmes chamaram atenção do público e da mídia: do aclamado e inovador Dançando no Escuro ao perturbador Anticristo, passando por filmes sem cenografia, Dogville e Manderlay, além da corrosiva comédia O Grande Chefe e seu último trabalho, a ficção-científica apocalíptica Melancolia, lançado em Cannes causando polêmica por suas declarações infelizes, em que dizia ser compreensivo em relação a Hitler e ao nazismo – e que resultaram em seu banimento perpétuo do festival. Tudo na mostra exibida pela Cinemateca, em parceria com a Embaixada da Dinamarca no Brasil e com o Danish Film Institute, e com o apoio do Laboratório de Investigação e Crítica Audiovisual (Laica) do Departamento de Cinema, Rádio e Televisão da ECA/USP. A seleção ainda inclui os curtas Cada um com seu Cinema, projeto coletivo em comemoração aos 60 anos do Festival de Cannes, e Dimension, fruto de um ambicioso projeto não concluído do diretor, que tomaria 33 anos para ser finalizado; e três documentários: Tranceformer, um perfil biográfico do cineasta, The Humiliated, espécie de making of de Os Idiotas, e The Purified, centrado nos cineastas do movimento Dogma 95. A retrospectiva fica em cartaz até 20 de outubro, na Cinemateca (Largo Senador Raul Cardoso, 207, Vila Mariana, tel. 3512-6111, ramal 215). Ingressos: R$ 8,00, com meia-entrada. Programação completa em www.cinemateca.gov.br.
seg, 29 de junho
dom, 28 de junho
dom, 28 de junho
sáb, 27 de junho
sáb, 27 de junho
sex, 26 de junho
sex, 26 de junho
ter, 2 de junho