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Plinio Martins Filho
Especial para a Revista Espaço Aberto
Fundada em 1962, a Editora da Universidade de São Paulo (Edusp) funcionou como coeditora até 1988, tendo publicado sob esse regime quase duas mil obras. A partir de 1988, no entanto, passou a constituir-se como editora, tendo, para isso, organizado um departamento editorial e inaugurado linhas de publicação próprias. Hoje, ela conta com quase mil e quinhentos títulos em catálogo. Uma identidade visual bastante diferenciada, o alto padrão gráfico e, sobretudo, a excelência intelectual de seus autores acabaram por revolucionar o mercado editorial acadêmico brasileiro e passaram a constituir as características essenciais daquela que é, hoje, a maior editora universitária do País e uma das mais importantes da América Latina.
A principal preocupação da Edusp sempre foi a qualidade cultural e editorial do livro. Procura editar títulos que permaneçam como obras de referência e que venham a contribuir para o ensino e para a produção acadêmica, cumprindo sua função social de editora universitária. Embora dispense atenção especial à produção científica da própria Universidade, tida como referência em todo o País, a Edusp não negligencia as grandes obras, clássicas ou contemporâneas, da cultura universal, as quais são publicadas em excelentes traduções e em edições críticas.
Os prêmios concedidos à Edusp a partir de 1989, quando ela se consolida, de fato, como editora, são o reconhecimento da sua excelência editorial e importância cultural, e constituem expressão de todo o trabalho empreendido nas gestões da última década, que não mediram esforços para que a Edusp conquistasse e consolidasse o seu próprio projeto editorial.
Dentre estes prêmios, destaca-se, sem sombra de dúvida, o Prêmio Jabuti, conquistado pela Edusp por 68 vezes com livros das mais diversas categorias. Concedido anualmente pela Câmara Brasileira do Livro (CBL), o Prêmio Jabuti é considerado o mais prestigioso prêmio literário brasileiro. Idealizado por Edgard Cavalheiro em 1958, então presidente da CBL, foi instituído por seu sucessor, Diaulas Riedel, em 1959, quando este promoveu um concurso entre escultores para definir o seu formato. Entre trinta candidatos de vários Estados brasileiros, a comissão julgadora, formada por Sérgio Milliet, Antônio d’Elia e Caio Prado Júnior, escolheu a proposta do artista Bernardo Cid de Souza Pinto. Hoje, a estatueta já completou meio século e, sem dúvida, é motivo de orgulho para todos aqueles que com ela são agraciados, especialmente porque representa o pleno reconhecimento da importância de sua obra no contexto cultural brasileiro.
O grande número de prêmios que recebeu até hoje reflete, pois, não só o reconhecimento pela indiscutível qualidade de seus livros, mas também pelo papel revolucionário que vem desempenhando junto às editoras universitárias brasileiras. Tendo superado grande parte dos limites impostos a uma editora pública, a Edusp pode ser considerada, assim, como a própria miragem do acalentado quelônio literário, pois nunca desistiu de tentar conquistar seu espaço no acirrado mundo do mercado editorial.
Em 2012 a Edusp recebeu sete Prêmios Jabuti, igualando-se com a premiação da maior editora comercial brasileira, a Record. Este ano estamos concorrendo com quinze títulos, esperamos aumentar nossa coleção!
Plinio Martins Filho
Professor da Escola de Comunicações e Artes
e diretor presidente da Editora da USP
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