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Plano de saúde USP

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A sensação dos dias de poucas horas

 

Por Cinderela Caldeira

Universidade investirá na ampliação de um sistema Ubas próprio, e plano de saúde com coberturas regional e nacional

Em agosto de 2011, foi instituído o Sistema Assistencial de Saúde da Universidade de São Paulo (USP), no modelo de autogestão, com o objetivo de oferecer a funcionários e docentes assistência médica ambulatorial e hospitalar, com coberturas iguais às previstas no plano referência e rol de procedimentos da Agência Nacional de Saúde (ANS). A Coordenadoria de Saúde (CS) será a responsável por gerenciar o plano de saúde.

Segundo Marcos Boulos, coordenador da CS e professor da Faculdade de Medicina, para gerenciar um plano de saúde são necessários recursos humanos especializados em número suficiente, que atendam à demanda sem gargalos. “Decidimos contratar uma empresa que já possui banco de dados, call center e uma rede de hospitais credenciados, para agilizar todo o processo, desde marcar uma consulta até encaminhar o usuário para o hospital.”

Hoje no HU, o paciente pode demorar cerca de seis meses para marcar uma consulta dependendo da especialidade

Para operacionalizar as atividades do novo plano de saúde, foi contratada, através de pregão, a empresa Gama Seguros que oferecerá os serviços de call center e uma carteira com hospitais. O sistema de saúde terá três categorias: pleno, regional e nacional. O plano pleno é integralmente financiado pela Universidade e os hospitais são os que a USP possui, Hospital Universitário e Hospital das Clínicas.

Os planos regional e nacional, além dos hospitais universitários, darão direito a outros que estão sendo selecionados. “A empresa possui um rol de hospitais em todo o Brasil. Para saber quais deles atenderão funcionários e docentes, foi instituída uma comissão, na Universidade, que decidirá sobre essa questão e também sobre a organização do sistema”, enfatiza.

As operações do plano de saúde serão fiscalizadas por um conselho financeiro e técnico composto por membros de toda a Universidade. “O plano de saúde oferecido agora é um benefício da Universidade aos docentes, funcionários e seus dependentes, cônjuges ou companheiros e filhos com até 21 anos de idade”, afirma Boulos.

A USP está investindo na ampliação do sistema UBAS

A USP está investindo na ampliação do sistema Ubas (Unidade Básica de Sáude) próprio. “Estamos iniciando uma grande reforma e construção ao lado HU, que será o centro das atividades da Coordenadoria de Saúde, onde teremos onze consultórios Ubas para atender a comunidade USP. No HC será construído um andar para atender os funcionários e docentes”, esclarece o coordenador. A previsão para a finalização da ampliação é de cerca de um ano e meio.

Plano Pleno

O plano pleno atenderá todos os servidores e docentes que não aderirem às outras modalidades oferecidas. “Estamos investindo cerca de R$ 70 milhões para reformar o HU, e lá teremos um atendimento ampliado. No HC está sendo analisada a estrutura local para verificar se haverá necessidade de contratação de mais pessoas para fazer o atendimento específico aos funcionários e docentes. Quem aderir a esta modalidade também utilizará os serviços do call center que providenciará a distribuição do sistema evitando a lotação de um único lugar.

Atualmente existe no HU uma taxa de não comparecimento de 50%. “Hoje no Hospital Universitário, o paciente pode demorar cerca de seis meses para marcar uma consulta dependendo da especialidade. E ele pode faltar pois o tempo de espera é muito grande para quem tem um problema de saúde. Com a implantação do sistema isso não vai mais acontecer”, ressalta Boulos.

Professor Boulos: “Estamos investindo cerca de R$ 70 milhões para reformar o HU”

Existirá a opção de quem não quiser aderir a nenhum dos planos e poderá continuar sendo atendido normalmente. “O sistema atual vai correr paralelo ao novo. Nós vamos adicionar ao sistema atual um plus, com mais benefícios e facilidades para o usuário. Quando aumentarmos a Ubas, esse atendimento melhorado vai ser estendido às pessoas não que fizeram adesão. Ou seja, vai melhorar o atendimento básico”, enfatiza Boulos.

A previsão de Boulos é que com o sistema organizado pelo call center a taxa de espera diminua e o atendimento deverá acontecer mais rapidamente.

Planos Regional e Nacional

Estes planos contarão com uma rede de médicos, laboratórios e hospitais com coberturas que estarão de acordo com as regras estabelecidas pelo rol de procedimentos da Agência Nacional de Saúde. Neste caso, cada um dos planos terá valor específico que será dividido entre o funcionário/docente e a Universidade.

“Quando construirmos nosso sistema básico, todo o processo ficará muito bom. Nossos médicos são de excelência comprovada. Para se ter uma noção, 95% dos médicos do Hospital Sírio-Libanês e 90% do Hospital Oswaldo Cruz são do Hospital das Clínicas”, declara Boulos.

Abaixo uma tabela com projeção de valores para os planos cuja, confirmação depende de vários fatores como, por exemplo, a taxa de adesão.

20 comentários sobre “Plano de saúde USP”

  1. Francis Sierra Husse disse:

    Prezado Prof. Boulos,

    Porque somente os aposentados autarquicos poderão usufruir do plano de saude da USP?

    Os aposentados pelo INSS, ex funcionários medicina USP cujas aposentadorias são bem inferiores aos autarquicos,não merecem essa oportunidade tão boa que a Medicina acaba de criar?

    F. S. Hussein

  2. José Rubens C disse:

    Faço coro ao Francis,pois como é sabido os aposentados pelo INSS,

    não só os da medicina,tem aposentadorias bem menores e com o agravante de que elas diminuem a curto prazo.

    J.Rubens

  3. Tomara que de certo; conflitos quando se investe em saúde no Brasil, são inevitáveis. Não sou petista, mas a Marta quando Prefeita, assimilou grandes problemas com a pasta da saúde. O nosso Governador é médico e também enfrenta problemas. Por isso a inciativa do HU ou de quem seja o interesse, é louvável. – A observação da F.S.Hussein é digna de discussão. Nos tempos de Tolosa propuseram a continuidade do atendimento médico aos aposentados da CLT, foi aceito. Depois não se falou mais no assunto. Os celetistas são os que mais necessitam de cobertura na melhor idade. Os regime autárquico pelo que consta não existe mais, o que a continuidade é uma vergonha, enquanto uma parte se aposenta com salário de fome outros com salários volumosos.

    A questão é a saúde, poderia até se pensar em atendimento pago enquanto ativo.

    Tudo muito bonito no papel, em um mundo onde a expectativa de vida aumentou; correntes contra a natalidade e outros a favor da redução da redução de seres humanos; só uma loucura para bem atender aos mais carentes.

    Do meu lado aqui, alguém riu e me alertou, Cuidado com os Iluminates.

    Abraços Fraternais,

    Johnny

  4. Islaine Maciel disse:

    Gostaria mesmo que fosse determinado o momento em que esse novo sistema de saúde na USP vai começar.

  5. Perseu Peixoto disse:

    Até que enfim uma medida que visa beneficiar os funcionários que carecem demais por um Sistema de Saúde mais digno e mais eficiente. É sabido que o sistema de saúde desse país está um caos, entretanto, quase todas as empresas oferecem um serviço de medicina aos seus funcionários de melhor qualidade que o público, e agora USP, ainda que tarde, mas sem falhar, está tomando essa providência também. Para dar os parabéns geral, só falta incluir os funcionários que se aposentaram pelo INSS e os que ainda vão se aposentar, afinal, são ex-funcionários da USP da mesma forma que os autárquicos aposentados são. Como há privilégios para "inativos autárquicos", tem que estender aos demais do INSS também, até porque esses são mais carentes em virtude de receberem um benefício bem abaixo daquele que tinham quando na ativa.

  6. Eduardo R Lopes disse:

    Acho primordial focar a excelência, qualidade no atendimento e na estrutura disponibilizada no plano de saúde, por meio do gerenciamento do corpo gestor. Sugiro usar a própria comunidade USP para fiscalizar estes aspectos, montando logo no início da implantação dos contratos, website aberto a mensurar claramente o andamento dos trabalhos da empresa, quanto as normas da ANS.

    1º Parágrafo está incorreto "agosto do ano passado"

    3ª coluna com os valores está incorreta, está com valores replicados do plano regional, faltando o nacional.

    Eduardo

  7. Danilo Forghieri San disse:

    Olá,

    Gostaria de fazer coro com os colegas CLT aposentados, que a meu ver deveriam ter acesso ao plano também. Além disso, se eu, que sou CLT ativo me aposentar, perco o direito ao plano?

    A propósito, a tabela não trouxe os valores do plano nacional, mas sim os do regional repetidos, seria possível divulgar tais valores?

    Obrigado,

    Danilo Forghieri Santaella

  8. Celia Maria Fernande disse:

    Eu concordo com os comentarios anterioes, pois quem é CLT sai perdendo e muito quando se aposenta porque com o que recebe não consegue pagar convenio médicoe e com INSS não podemos contar. Principalmente se tivermos urgencia na consulta, morremos na espera da consulta.

  9. admin disse:

    Bom dia,

    A tabela de estimativa de custo foi impressa com erro. O plano nacional possui preço diferente do regional, já trocamos a tabela no site. Vale lembrar que é apenas uma estimativa de valores, pois o valor do plano depende do número de adesões.

    Redação

  10. Se não cobrar, não vai adiantar. Médicos tem que ser bem remunerados e tempo para pesquisa (Todos). Até o Governador deveria dedicar algumas horas da semana para clinicar.(Aproveitei o barco). Erasmo Tolosa Lecionava; atendia e ainda administrava muito bem o HU. Insisto que os médicos com dedicação exclusiva deveriam ganhar muito mais, são os verdadeiros executivos e, não quem administra.

  11. Carlos Pais Rodrigue disse:

    Muito oportunos os comentários sobre abrangência para inativos. Certamente o custo previsto cairá drásticamente se for estendido, pois aumentará exponencialmente a adesäo, até mesmo pela migração dos que já pagam algum plano.

  12. Leticia disse:

    A ideia é ótima. Resta saber se vai funcionar de verdade e se essa injustiça com os celetistas aposentados será desfeita – os autárquicos têm direito a usar o excelente Hospital do Servidor e os celetistas não vão poder usar mais nem o HU??? Parece que é isso que todos nós mereceremos após tantos anos de dedicação à USP.

  13. Marcos A. Luqueze disse:

    A exclusão de aposentados CLT após aposentadoria não é possível.

    Recente Resolução Normativa (nº 279 de 24/11/2011) da ANS garante este direito a quem contribui com planos como este.

  14. Mardey Willian Argol disse:

    Já estava na hora de termos benefícios semelhantes aos que existem nas companhias privadas, onde realmente investem e reconhecem o valor de seus recursos humanos.

    Mas falharam seriamente ao impedir o acesso aos celetistas aposentados, ou seja, na hora que mais se precisa, mais uma vez os idosos são tratados como descarte, isso após anos de dedicação. Isso precisa ser reavaliado ou coloca a perder a credibilidade dessa proposta.

    Os valores apresentados são semelhantes a de convênios medianos, ou seja, de graça não está, então espero que a qualidade dos profissionais do HU e HC realmente faça a diferença, visto que hoje o acesso é muito demorado.

  15. Rosangela Pires disse:

    Porque os aposentados CLT não estão incluídos? Qual a diferença entre autarquia e clt neste caso pois ambos vão pagar igual?

    Várias empresas tem associações que administram para os aposentados clt a continuidade do plano de saúde, como por exemplo, o Senai por intermédio de sua associação de funcionários, isso desde os idos de 1980 eles já faziam isso. Hoje em dia a USP tem um número maior do que autárquicos, penso que é preciso pensar nessa parte que futuramente será um grande mercado.

  16. Cinzia Damiani de Ar disse:

    Prezado Prof. Boulos

    Li os diversos comentários deste Espaço Aberto.

    Reforço o pedido que outros funcionários fizeram de que seja estendido aos celetistas aposentados o mesmo benefício dos funcionários autárquicos.

    Durante os inúmeros anos em que trabalho na USP, os servidores públicos – autárquicos ou celetistas – prestaram serviços de mesma qualidade e trabalharam lado a lado, sem que se sentisse diferença pelo fato de serem contratados por regimes de trabalho diferentes.

    Espero que o mesmo tratamento seja dado aos servidores públicos no que tange aos benefícios, que essa louvável iniciativa visa trazer.

  17. Marco Amorim disse:

    Junto-me aos colegas celetistas, no objetivo de que o plano se estenda aos celetistas aposentados, uma vez que somos a maioria.

    Reforço a tese dos colegas que assim como os demais benefícios, não deve haver distinção entre as classes trabalhistas na Universidade.

  18. Durcevalete Rodrigue disse:

    Prezado Prof. Boulos,

    À muito, venho pensando nesse caso.Como, os funcionários celetistas não tem o mesmo direito que os autárquicos! trabalhou tanto quanto, aposentou recebendo menos que êles e a cada ano que passa o nosso salário está mais defasado.

    Não podemos esquecer que êles continuam tendo mais vantagem que os celetistas. Ahhhhhh!!! iremos pagar igual e somos maioria.

    Tenho certeza que nesse caso, o bom senso falará mais alto.

  19. Tempos passados, tínhamos um projeto acolhido, (autoria de meu irmão Dr. Notariano), que beneficiaria os funcionários aposentados regidos pela CLT, somente da USP. Eu não considero falha, mas só beneficiaria o titular. Os dependentes teriam outro tratamento. O que importa, o celetista não seria descartado ao se aposentar. Orçamento tem, os processos já estão tramitando, só resta saber quando??? – mitíssimo obrigado.

  20. anderson disse:

    Sou funcionario do IO trabalho em um dos navios da USP, alguem poreria me informar se os tripulante das embarcações tem direito ao plano de saude da USP

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