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Inauguração do Centro de Descarte e Reúso de Lixo Eletrônico mostra ação pioneira da Universidade na área tecnológica
Por Márcia Scapaticio
Quem se imagina livre das tentações inventadas pela indústria da tecnologia? A cada dia é lançado um computador mais moderno, rápido e prático. Contudo, um ponto importante é pensar no destino dos aparelhos que não utilizamos mais. O lixo eletrônico, composto pelos desktops, teclados, impressoras e outros equipamentos de informática, é uma das grandes preocupações da atualidade e a inauguração do Centro de Descarte e Reúso de Lixo Eletrônico (Cedir), do Centro de Computação Eletrônica (CCE USP), tornou-se um empreendimento pioneiro no assunto.
O Cedir foi idealizado em 2008, a partir da iniciativa dos funcionários da unidade, chamada de Operação Descarte Legal, que recolhia aparelhos não mais utilizados na USP. Tendo em vista a grande quantidade de peças coletadas, foi possível perceber a dimensão desse material no cotidiano da Universidade e desenvolver ações que procuravam diminuir o impacto desse problema.
A diretora do CCE, Teresa Cristina Melo de Brito Carvalho, explica como funciona o novo espaço: “Primeiramente, os computadores passam pela área de triagem, onde verificamos se o micro funciona ou não e qual é a chance de recuperá-lo. Caso possa ser reaproveitado, será doado a projetos sociais, caso não, daremos início ao processo aqui no Cedir”.
Feita a seleção, é a vez da categorização, na qual o micro é pesado e separado por componentes, plástico de metal, metais preciosos das placas, por exemplo. Outro cuidado a ser tomado é destruir os discos de memória, para que usuários não consigam recuperar as informações contidas neles.
A fase final é a compactação do material selecionado, realizada por meio do maquinário específico. Cristina menciona que o lixo já existente no barracão foi todo recolhido no próprio CCE, mas haverá agendamento para as outras unidades trazerem o seu lixo eletrônico. Quanto às empresas de reciclagem que receberão o material, “pensamos em fazer um pregão com as empresas credenciadas, atitude que condiz com o caráter público da USP. O dinheiro arrecadado será direcionado para o Cedir, pois é necessário que o projeto seja autossustentável”, completa Cristina.
Essa pode ser considerada a primeira iniciativa de caráter público no Brasil, “conheço empresas privadas que trabalham dessa forma, mas instituições públicas que exerçam esse processo completo é a primeira vez”, afirma Cristina.
Além de otimizar espaço e conscientizar a comunidade sobre o assunto,
Cristina relata que o projeto chama a atenção de empresas e de outras universidades brasileiras que declaram interesse em conhecer e reproduzir o trabalho do Cedir. Outro impacto, segundo a diretora, é “aproveitar as atividades, criando uma espécie de incubadora, ou seja, aprender como se faz o processo e repassar o conteúdo para as empresas. Com essa finalidade estamos construindo em anexo um laboratório de sustentabilidade, que estudará as etapas da reciclagem de lixo eletrônico, pesquisas relacionadas ao desenvolvimento de máquinas e mecanismos que darão suporte à indústria”.
A tecnologia como parte do cotidiano, não apenas como diversão e entretenimento, mas de conhecimento na vida acadêmica é reafirmada pela criação do Cedir. Um pensamento mais amplo do papel da Tecnologia de Informação e da história do CCE pode ser acompanhado no livro TI – Em tempo de Inovação, escrito por Cristina, que está no CCE desde 2006.
Louvável a iniciativa!!!!!
Parabens e sigam em frente!!
Uma duvida: É possivel o descarte por qualquer pessoa ou tem que ser material de alguma unidade da USP?
Obg
Cara Ana Luisa,
por enquanto, o serviço do CEDIR só está disponível para as unidades USP, mas há planos para que ele seja aberto para a comunidade externa no futuro. As unidades que quiserem, podem agendar a entrega com o atendimento do CCE, pelos telefones (11) 3091-6454, (11) 3091-6455 ou (11) 3091-6456.
Agradecemos o comentário,