Por Cinderela Caldeira

Crianças com problemas de tontura ou desequilíbrio, provocados por distúrbios do labirinto, podem desencadear comprometimento cognitivo e isolamento social. Este é um alerta do Ambulatório de Vertigem da Infância do Hospital das Clínicas (HC).
Para Ítalo Medeiros, chefe do ambulatório, a criança com distúrbios do labirinto tem baixo rendimento escolar, reclama de dores de cabeça, tem dificuldades de brincar, vomita com facilidade ao andar de carro, tem alterações no sono e pode urinar na cama, com medo de levantar em razão da tontura.
A dificuldade está em diagnosticar corretamente a doença. Medeiros explica que a maioria dos casos é subestimada pelos médicos pela dificuldade de diagnóstico, sendo muitas vezes atribuídos os problemas a distúrbios neurológicos ou psicológicos. A família, por sua vez, acha que não é nada sério, tratando a criança como distraída, porque o desequilíbrio faz com que ela esbarre com facilidade nas coisas.
Para o diagnóstico correto a criança passa no HC por uma avaliação e exames otoneurológicos e eletronistagmografia. Confirmada a doença, o tratamento, na maioria dos casos, é feito por meio de exercícios que estimulam a visão, o sistema osteomúsculo articular (pescoço e membros) e o labirinto.
O tratamento é certificado com um exame para avaliação quantitativa geral do equilíbrio, o PDC – Avaliação Dinâmica Computadorizada. Aparelho fornece informações sobre a integração dos sistemas labiríntico, visual e somatosssensorial.