Seminário organizado pelo Centro de Preservação Cultural da USP debate a questão do reconhecimento dos bens culturais Na próxima semana, nos dias 26, 27 e 28 de maio, o Centro de Preservação Cultural (CPC) da USP, instalado na Casa...
Luiza Furquim
Em sua quarta edição, a Mostra Cinema e Direitos Humanos na América do Sul é levada para 16 capitais brasileiras, com uma seleção de 39 filmes que debatem a questão. A sessão de abertura acontece já na próxima segunda, dia 5 de outubro, às 21h no CineSesc, e exibe dois documentários, um brasileiro e outro argentino. A curadoria de Francisco César Filho, para quem o objetivo do festival é mais do que “pregar para militantes da causa”, mas levar uma seleção cinematográfica de excelência a uma ampla plateia.
A programação leva às telas 39 filmes de diferentes temas, formatos e estéticas. A convocatória pública recebeu 209 trabalhos representantes de 14 países, superando o ano anterior. Respeitando o projeto dos últimos anos, a mostra contempla longas e curtas-metragens de ficção ou documentais que tratem dos direitos da criança e do adolescente, mulheres, pessoas com deficiência, migrantes, população cigana, diversidade religiosa e meio ambiente, bem como de educação e justiça. Sob o marco da Declaração Universal dos Direitos Humanos, aponta caminhos para a garantia e proteção dos direitos fundamentais do indivíduo.
Exibida em dois locais, Cinesesc e Cinemateca, traz entre os destaques o documentário Unidad 25 (Argentina/Espanha, 2008), de Alejo Hojiman, que fala da única prisão-igreja na América Latina, onde duas centenas de prisioneiros e 30 guardas compartilham sua devoção ao Evangelho; Entre a Luz e a Sombra (Brasil, 2007), de Luciana Burlamaqui, que através da trajetória do grupo de rap 509, formado no Carandiru, e do trabalho da atriz Sophia Bisilliat, que abandonou a carreira para se dedicar à causa carcerária, investiga durante sete anos a possibilidade de recuperação dos presos; e o colombiano Bagatela – A Necessidade tem Cara de Cachorro (co-produção Espanha, 2008), de Jorge Caballero, mostrando processos apresentados às instâncias judiciais em Bogotá, cidade acostumada à violência e à desigualdade, sendo que a maioria deles é classificado como delitos menores – vender CDs piratas, roubar um celular ou mesmo dormir na rua – que podem levar à condenação de anos de prisão; e o investigativo Esse Homem Vai Morrer – Um Faroeste Caboclo (Brasil, 2008), de Emilio Gallo, que revela como um sonho que atraiu brasileiros até o Rio Maria, no sul do Pará, se tornou uma sentença de morte para 14 deles.
Ainda estão previstas duas sessões de audiodescrição para o público com deficiência visual, e o programa especial traz o longa Histórias de Direitos Humanos, que integra o Programa Especial com 22 episódios de três minutos cada, assinados por 25 cineastas e videoartistas de renome de todas as partes do mundo, entre eles o argentino Pablo Trapero, o chinês Jia Zhang Ke e o tailandês Apichatpong Weerasethakul. Já a seção Homenagem vai para o projeto considerado precursor na área de produção audiovisual dos índios no Brasil, o Vídeo nas Aldeias.
Cinesesc
R. Augusta, 2.075
T. (11) 3087-0516
Cinemateca
Largo Senador Raul Cardoso, 207
T. (11) 3512-6111
Ingressos: Grátis
Programação completa em www.cinedireitoshumanos.org.br.
seg, 29 de junho
dom, 28 de junho
dom, 28 de junho
sáb, 27 de junho
sáb, 27 de junho
sex, 26 de junho
sex, 26 de junho
ter, 2 de junho