Cinema

Histórias de Direitos Humanos

Unidad 25 (Argentina/Espanha), sobre a única prisão-igrejana América Latina

Unidad 25 (Argentina/Espanha), sobre a única prisão-igrejana América Latina

Luiza Furquim

Em sua quarta edição, a Mostra Cinema e Direitos Humanos na América do Sul é levada para 16 capitais brasileiras, com uma seleção de 39 filmes que debatem a questão. A sessão de abertura acontece já na próxima segunda, dia 5 de outubro, às 21h no CineSesc, e exibe dois documentários, um brasileiro e outro argentino. A curadoria de Francisco César Filho, para quem o objetivo do festival é mais do que “pregar para militantes da causa”, mas levar uma seleção cinematográfica de excelência a uma ampla plateia.

A programação leva às telas 39 filmes de diferentes temas, formatos e estéticas. A convocatória pública recebeu 209 trabalhos representantes de 14 países, superando o ano anterior. Respeitando o projeto dos últimos anos, a mostra contempla longas e curtas-metragens de ficção ou documentais que tratem dos direitos da criança e do adolescente, mulheres, pessoas com deficiência, migrantes, população cigana, diversidade religiosa e meio ambiente, bem como de educação e justiça. Sob o marco da Declaração Universal dos Direitos Humanos, aponta caminhos para a garantia e proteção dos direitos fundamentais do indivíduo.

Exibida em dois locais, Cinesesc e Cinemateca, traz entre os destaques o documentário Unidad 25 (Argentina/Espanha, 2008), de Alejo Hojiman, que fala da única prisão-igreja na América Latina, onde duas centenas de prisioneiros e 30 guardas compartilham sua devoção ao Evangelho; Entre a Luz e a Sombra (Brasil, 2007), de Luciana Burlamaqui, que através da trajetória do grupo de rap 509, formado no Carandiru, e do trabalho da atriz Sophia Bisilliat, que abandonou a carreira para se dedicar à causa carcerária, investiga durante sete anos a possibilidade de recuperação dos presos; e o colombiano Bagatela – A Necessidade tem Cara de Cachorro (co-produção Espanha, 2008), de Jorge Caballero, mostrando processos apresentados às instâncias judiciais em Bogotá, cidade acostumada à violência e à desigualdade, sendo que a maioria deles é classificado como delitos menores – vender CDs piratas, roubar um celular ou mesmo dormir na rua – que podem levar à condenação de anos de prisão; e o investigativo Esse Homem Vai Morrer – Um Faroeste Caboclo (Brasil, 2008), de Emilio Gallo, que revela como um sonho que atraiu brasileiros até o Rio Maria, no sul do Pará, se tornou uma sentença de morte para 14 deles.

Ainda estão previstas duas sessões de audiodescrição para o público com deficiência visual, e o programa especial traz o longa Histórias de Direitos Humanos, que integra o Programa Especial com 22 episódios de três minutos cada, assinados por 25 cineastas e videoartistas de renome de todas as partes do mundo, entre eles o argentino Pablo Trapero, o chinês Jia Zhang Ke e o tailandês Apichatpong Weerasethakul. Já a seção Homenagem vai para o projeto considerado precursor na área de produção audiovisual dos índios no Brasil, o Vídeo nas Aldeias.

Cinesesc

R. Augusta, 2.075
T. (11) 3087-0516

Cinemateca
Largo Senador Raul Cardoso, 207
T. (11) 3512-6111
Ingressos: Grátis
Programação completa em www.cinedireitoshumanos.org.br.

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