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DataUSP-PosGrad, nova ferramenta de apoio à gestão da Pró-Reitoria de Pós-Graduação, otimiza processo de captura e análise de informações para tomada de decisões administrativas
A USP está espalhada por sete cidades do Estado paulista. São cerca de 90 unidades e outros órgãos por onde passam mais de 90 mil alunos, 5.800 docentes e quase 17 mil funcionários técnicos-administrativos. Cuidar de tudo isso, com certeza, não é tarefa fácil. A quantidade de informação gerada é imensa, e é preciso analisá-la com cuidado para uma administração mais eficiente dos campi.
Com o objetivo de otimizar esse processo, estão sendo feitos investimentos na infraestrutura de gestão da Universidade. A novidade mais recente é o DataUSP-PosGrad, conjunto de serviços analíticos para o apoio à tomada de decisões da Pró-Reitoria de Pós-Graduação (PRPG). A ferramenta, lançada no final de maio por iniciativa da Assessoria de Informática da PRPG e do Departamento de Informática da Reitoria (DI), permitirá aos gestores a análise das atividades da pós nas suas áreas de competência, cruzando informações, comparando dados e fazendo outros serviços do tipo.
“O sistema vai gerar análise e conhecimento a partir do nosso banco de dados”, explica Vahan Agopyan, pró-reitor de Pós-Graduação e professor da Escola Politécnica (Poli). “Isso dá uma riqueza fantástica para a gestão. Antes, os responsáveis faziam o trabalho na unha, o que demorava dois ou três dias. Agora será feito on-line e em poucos segundos.”
A USP, é verdade, já possui um conjunto de sistemas operacionais que fazem serviço de captação de dados, como o Júpiter e o Janus. A diferença é que eles não realizam análise, dando apenas informações pontuais.
A ideia encontrou na PRPG um ambiente favorável para ser implementada. Segundo Agopyan, essa é a área da USP mais completa em matéria de volume de dados gerados e armazenados. “Além disso, somos obrigados a prestar contas anualmente para uma entidade de fora da Universidade, a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes)”, acrescenta o pró-reitor. Certamente um incentivo a mais para aderir à inovação.
João Eduardo Ferreira, Assessor de Informática da PRPG e professor do Instituto de Matemática e Estatística (IME), também justifica a escolha da PRPG para a primeira versão do sistema. “A cultura da pós-graduação é uma cultura baseada na busca por indicadores”, explica, completando: “Uma instituição sem um conjunto de dados de fácil acesso não se conhece. São poucas as universidades no mundo com esse tipo de estrutura”.
Funcionamento do sistema
O acesso ao DataUSP-PosGrad se dará através do portal dos Sistemas da USP (https://uspdigital.usp.br). Serão quatro faces de visualização com diferentes funções: apoio à coleta, relatórios adhoc, análise multidimensional e ScriptLattes-USP. Na primeira, os usuários ajudarão a enriquecer o banco de dados disponível para a ferramenta com. Na segunda, será possível realizar análise com base em relatórios pré-fixados, ou seja, o usuário apenas parametrizará a pesquisa, podendo obter dados como, por exemplo, número de teses por docente na Universidade. Já a análise multidimensional trabalha com variáveis livres. A pessoa gerará o seu próprio relatório com base nos dados que possuir. O ScriptLattes, por fim, possibilita a extração e compilação automática de informações com base em currículos cadastrados na plataforma Lattes, como produções bibliográficas, prêmios e títulos, projetos de pesquisa, entre outras.
Paralelamente, o Centro de Informática de São Carlos (Cisc) desenvolveu o Sistema Jandyra, que terá como objetivo validar as informações do banco de dados do DataUSP-PosGrad, garantindo sua autenticidade. O sistema vai capturar informação externa a esse banco para fazer a verificação. O coordenador do Cisc e professor do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC), Caetano Traina Júnior, explica: “Se dois professores escreveram um artigo juntos, mas não o nomearam exatamente igual em seus currículos Lattes, ele vai ser contabilizado como dois artigos diferentes”, exemplifica. “O que o Jandyra faz é pegar esse tipo de informação cruzada e mostrar justamente para quem conhece o dado e pode corrigi-lo. Enquanto ele não responder, o DataUSP não vai contabilizar.”
A maturidade da informática corporativa
Mas a novidade não ficará restrita à Pós-Graduação. O objetivo é estender o seu uso a outras áreas. Prevê-se que até o final deste ano comece a ser discutido um DataUSP para a graduação ou para a área de administração da Universidade. “Pretendemos lançar também o DataUSP Pesquisa, por exemplo”, comenta Luiz Natal Rossi, diretor do Departamento de Informática da Reitoria e professor da Poli. “Vai chegar um momento, no futuro, em que a ferramenta englobará tudo. Será simplesmente DataUSP, sem segmentações.”
O projeto reforça a maturidade da informática corporativa, realidade crescente na USP. Foi construído, nas últimas três décadas, um notável acervo digital, composto de sistemas, bancos de dados, redes de conectividade e centros de processamento de dados. Atualmente, fala-se em três pilares das inovações na área: o NuvemUSP, que trabalha com servidores virtuais para agilizar e potencializar a eficiência da gestão da Tecnologia de Informação uspiana, tendo recebido inclusive o prêmio internacional Citrix Innovation Award 2013; o USPdigital, que reduz o trâmite de processos físicos e facilita a realização de atividades como solicitação de diárias, autenticação de documentos digitais, entre outras burocracias; e, agora, o DataUSP.
“Estamos vivendo uma fase realmente ímpar na Informática Corporativa”, diz Natal. “Os frutos amadureceram e nós estamos colhendo. O DataUSP é a cereja do bolo.”
A constituição de um banco de dados para o apoio à gestão da Universidade teve início em 1987, com o Anuário Estatístico. Posteriormente vieram novas tentativas para atender à mesma necessidade, como o DataPoli, criado no começo da década de 1990 pelo próprio Natal, e o Sistema Urano, desenvolvido pelo professor Traina Júnior, o qual viria a evoluir para o Tycho.
“As pessoas que estão fazendo o DataUSP são as mesmas que fizeram essas ferramentas anteriores. Agora, é a primeira vez que, de fato, estamos integrando não só os objetivos dos sistemas como as pessoas responsáveis por fazê-los”, comenta o coordenador do Cisc. Segundo ele, a ideia é que o DataUSP cresça no sentido de substituir tudo o que já foi criado pela Universidade nesse âmbito.
O pró-reitor Agopyan também ressalta o bom trabalho dos profissionais uspianos da área. “Uma coisa está dando certo no campo da informática: estamos conseguindo aproveitar toda a excelência e conhecimento do nosso corpo docente para melhorar a Universidade”, destaca. “Nosso grande gargalo para continuar subindo nos rankings é justamente a questão da gestão, e o DataUSP nos fornecerá um instrumento poderosíssimo para isso.”
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